São Paulo, quinta, 30 de janeiro de 1997.

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COMPARECIMENTO
Levantamento da Folha indica que houve 21,1 ausências por sessão em 96, contra 16,8 em 95
Aumenta ausência no Congresso

da Sucursal de Brasília

Levantamento da Folha indica aumento de faltas às sessões do ano passado na Câmara e no Senado.
No ano passado foram registradas 1.796 faltas em 85 sessões deliberativas -média de 21,1 ausências por sessão. O índice de 95 ficou em 16,8 faltas por sessão.
No levantamento de 96, 15 deputados tiveram mais de 20% de faltas não justificadas. No ano anterior o número ficou em sete.
Já no Senado, o número caiu de um ano para o outro: de seis para quatro senadores nessa situação.
O ano eleitoral contribuiu para o aumento de pedidos de licenças por ``interesse particular'' -computadas pela Folha como faltas não justificadas, pelo seu caráter aleatório.
Em 95, apenas três deputados e 12 senadores utilizaram o recurso. No ano passado o número subiu para 27 deputados e 19 senadores.
Em compensação, o número de parlamentares que compareceram a todas as sessões deliberativas também subiu em 96.
Ao todo 51 deputados e um senador ficaram nessa situação contra 37 deputados e nenhum senador registrados em 95.
O deputado mais ausente, com 38,82% de faltas, foi o candidato derrotado a prefeito de Fortaleza Edson Queiroz (PPB-CE).
No Senado, o mais faltoso foi Silva Junior (PMDB-PB), com 55,56% de ausências não-justificadas.
O título de mais assíduos do Senado ficou com o líder do governo no Congresso, José Roberto Arruda (PSDB-DF), e com a suplente de Esperidião Amin (PPB-SC), Sandra Guidi (PPB-SC).
Guidi tomou posse em 27 de agosto e só participou de 20 sessões, enquanto Arruda esteve nas 106 sessões deliberativas ordinárias realizadas no ano.
Como no caso de Guidi, outros parlamentares que não exerceram o mandato durante todo o ano passado tiveram seus percentuais de frequência calculados com base no período em que legislaram.
Alguns parlamentares utilizaram o recurso das licenças por ``interesse particular'' para se dedicar as suas candidaturas nas eleições municipais. (RICARDO AMORIM e AUGUSTO GAZIR)

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