São Paulo, domingo, 30 de janeiro de 2011

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CIÊNCIAS AGRÁRIAS

Conceito 5 é o que tem mais peso nos programas da área

Porcentagem dessa nota supera a média da avaliação da Capes; área descredenciou poucos cursos

MAÍRA SILVA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Entre as nove áreas analisadas pela Capes, foi na de ciências agrárias que a nota 5 teve maior peso. Foi concedida a 27,3% dos programas, o que corresponde a 82 deles, porcentagem bem acima da média geral (20,5%).
A maioria oferece mestrado e doutorado, mas o último ainda não atingiu nível de excelência -houve 20 notas 6 e 14 notas 7.
Na avaliação, 11 programas tiveram notas menores do que na edição anterior, e quatro foram descredenciados (1,33% do total, abaixo da média geral de 2,2%).
Segundo a assessoria de imprensa da Capes, não é possível dizer que uma sub-área vai mal, pois a redução das notas deve ser analisada caso a caso.
A pós nesse campo tem se mostrado prolífica. Cerca de 20 cursos são criados por ano, em média, afirma Dagoberto Martins, coordenador-adjunto de ciências agrárias 1 na Capes e professor da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp de Botucatu.
"Nossas pesquisas são transferidas para a produção imediatamente, e isso reflete na economia e no desenvolvimento acadêmico", diz José Otavio Menten, professor associado do departamento de fitopatologia da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), da USP (Universidade de São Paulo).
O número de publicação de artigos científicos também vem crescendo. De 13.358 no triênio de 2004 a 2006, foram para 21.080 no de 2007 a 2009, segundo a Capes -incremento de 58%.

VISIBILIDADE
A área de epidemiologia experimental de medicina veterinária da USP, por exemplo, melhorou sua nota -foi de 6 para 7.
A produção acadêmica foi um dos fatores para a evolução, afirma a professora Solange Gennari, coordenadora do laboratório de epidemiologia experimental aplicada a zoonoses da USP.
"Temos tentado publicar e fazer nossos nomes ficarem conhecidos internacionalmente", diz Gennari.
Ela aponta que, como o mercado internacional está cada vez mais rígido em relação a produtos animais, é preciso ter tecnologia de ponta para competir.
Ela sugere se aprimorar em uma linha de pesquisa e investir fortemente nela. Com a projeção, o grupo de pesquisa é mais procurado por estudantes e bons pesquisadores, além de conseguir mais projetos.


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