São Paulo, domingo, 30 de janeiro de 2011

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MESTRADO PROFISSIONAL

Modalidade deve ganhar avaliação exclusiva

Comitês próprios irão estabelecer as demandas do curso e acompanhá-los

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Caçula dos cursos de pós "stricto sensu" -foi reconhecido pela Capes em 1998-, o mestrado profissional ganhará um núcleo específico para avaliação dos cursos.
A nova estrutura terá coordenadores e comitês próprios para estabelecer as demandas da modalidade e acompanhar de perto a criação de programas e a adequação de MBAs ao modelo credenciado pela Capes.
"O crescimento do mestrado profissional e suas características pedirão que seja criada outra estrutura ao lado dos programas acadêmicos para tratar exclusivamente dessa modalidade", afirma Jorge Guimarães, presidente da Capes.
Desde 2009, a Capes incentiva a criação de mestrados profissionais. Existem atualmente 330 cursos abertos. Já o mestrado acadêmico está presente em 2.697 programas no país.
Sua primeira ação para impulsionar esse tipo de pós foi normatizar a modalidade.
Abriu-se a possibilidade de que parte do corpo docente não tenha titulação -os professores podem ser profissionais da área de estudo- e de que, no trabalho de conclusão, não seja obrigatório o formato de dissertação.
Nessa ocasião também definiu-se que o título de mestrado profissional também é considerado válido para ingressar no doutorado.

MAIS VERBAS
A expectativa é a de que o número de mestrados profissionais cresça significativamente após resolução do CNE (Conselho Nacional de Educação) que obriga universidades a terem ao menos quatro mestrados até 2016.
Já a conversão de MBAs não é simples, afirma Tales Andreassi, coordenador do mestrado profissional em gestão internacional da Fundação Getulio Vargas (SP).
Ele acha que seria preciso formar mais doutores para preencher os quadros docentes desses programas.
Enquanto a Capes se prepara para receber novos pedidos de credenciamento, as instituições de ensino querem mais incentivo.
"Se ela quer que a modalidade se prolifere, ela precisa financiar", avalia Marilza Vieira Cunha Rudge, pró-reitora da pós-graduação da Unesp (Universidade Estadual Paulista).
Setores de interesse do governo, como educação, podem ter concessão de bolsas em editais específicos. (BB)


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