São Paulo, domingo, 31 de maio de 1998 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice 1934 - ITÁLIA Mussolini ordena a vitória
Ganhar a Copa que seria disputado em seu território era um ponto de honra para a Itália governada por Benito Mussolini. O fascismo avançava na Europa e a vitória dos italianos seria propaganda do regime autoritário. Para garantir que o treinador Vittorio Pozzo tivesse os melhores atletas para escalar, Mussolini mudou leis para facilitar a naturalização de bons jogadores descendentes de italianos que nasceram em outros países. Pela primeira vez, o número de países inscritos para a disputa (32) superou o número de vagas (16), obrigando a implantação do sistema de eliminatórias. O Uruguai, campeão em 1930, boicotou o torneio e, protesto à ausência da maioria das seleções européias na primeira Copa. O torneio adotou o sistema de eliminatória simples, do tipo "perdeu, cai fora". Nenhum país das Américas venceu na estréia. O maior adversário da Itália foi a Espanha, considerada por muitos o melhor time da Copa. Para vencê-lo, a Itália jogou 210 minutos: 1 a 1 na primeira partida (com prorrogação) e 1 a 0 no jogo de desempate. Os espanhóis apostaram na capacidade física, entrando na segunda partida com nove reservas. Os italianos repetiram o time que havia jogado menos de 24 horas antes. Muitos deles, como o herói Meazza, marcador do gol decisivo, saíram de campo desacordados. Na final, com o time cansado, a Itália venceu a Tchecoslováquia, reconhecidamente mais fraca, por um minguado 2 a 1. Mas a ordem de Mussolini estava cumprida. O Mundial teve 70 gols marcados em 17 partidas (média de 4,1 gol/jogo). A média de público registrada foi 23.235 por jogo. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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