São Paulo, domingo, 31 de maio de 1998 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice 1938 - FRANÇA Itália, pela segunda vez
Na Copa do Mundo da França, a Itália chegaria ao bicampeonato num torneio marcado pela guerra que se aproximava. A escolha da França como sede do torneio foi a consagração de Jules Rimet, o francês que presidia a Fifa. Cinco estádios foram construídos para o evento. Pela primeira vez, o campeão da Copa anterior e a seleção da casa tinham o direito assegurado de participar, sendo dispensados da disputa das eliminatórias. A principal ausência da Copa foi a seleção espanhola, em virtude da guerra civil que assolava o país. A brilhante geração derrotada pela Itália em dois jogos duríssimos quatro anos antes não teve a sua segunda chance. O Brasil mostrou sua primeira grande seleção, que só perderia nas semifinais diante dos italianos, quando jogou sem Leônidas, o melhor jogador do Mundial. Logo na primeira partida, contra a Polônia, Leônidas marcou três gols e atraiu toda a atenção. A maior surpresa da primeira rodada foi a eliminação da fortíssima Alemanha. Mesmo reforçada por jogadores austríacos -o país havia sido anexado por Hitler-, a Alemanha perdeu para a Suíça por 4 a 2, numa virada emocionante. O público francês, que vaiou a entrada da seleção alemã em campo, aplaudiu cada jogada do time suíço e comemorou a vitória nas ruas, em repúdio ao avanço do nazismo na Europa. A Hungria chegou à final com seu bonito futebol ofensivo (13 gols em 3 jogos), mas decepcionou na decisão contra os italianos. Com 4 a 2 no placar, a Itália se consagrou como a melhor seleção dos anos pioneiros das Copas. O Mundial teve 84 gols marcados em 18 partidas (4,7 gols/jogo). A média de público atingiu 20.829 pagantes por jogo, a mais baixa de todas as Copas. A preocupação das pessoas com a perspectiva da guerra inibiu os torcedores. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
|