São Paulo, domingo, 31 de maio de 1998 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice 1970 - MÉXICO O primeiro tricampeão
Desacreditada em seu país, conturbada pela troca de treinadores, a seleção brasileira acabou formando no México um grupo unido de grandes jogadores que trouxe o tricampeonato. O ambiente no México era totalmente favorável aos times latino-americanos. Além do ânimo festivo da torcida local, havia uma vontade de dar o troco aos europeus, que dominaram a Copa de 1966, com alguma ajuda de erros de arbitragem. A primeira fase não teve surpresas. Todos os times que já tinham conquistado título mundial passaram às quartas-de-final: Itália, Uruguai, Inglaterra, Alemanha Ocidental e Brasil. Num jogo emocionante, os alemães venceram os ingleses por 3 a 2, com o gol decisivo saindo só na prorrogação. O Brasil venceu o Peru por 4 a 2, o Uruguai bate a URSS por 1 a 0 e a Itália fez 4 a 1 nos donos da casa. Depois de superar a Argentina nas eliminatórias, os peruanos demonstraram um ótimo futebol e só pararam diante do Brasil. O Peru ainda revelou para o mundo o craque Teófilo Cubillas. Nas semifinais, o Brasil foi adotado pela torcida mexicana e passou pelos uruguaios, 3 a 1. No outro jogo, a Itália venceu a Alemanha Ocidental por 4 a 3, com direito a uma emocionante prorrogação com cinco gols. Na final, o Brasil derrubou a Itália por 4 a 1 e o campo foi invadido pela torcida. Os mexicanos arrancaram dos ídolos brasileiros as camisas, chuteiras, meias e até os calções. Pelé ganhou uma placa no estádio, que enaltece o brasileiro como "um exemplo para a juventude do mundo". No Brasil, o clima de ufanismo levantado por campanhas do governo militar, consagra seu heróis. O Mundial teve 95 gols marcados em 32 partidas (3,0 gol/jogo). A média de público registrada foi 52.312 pessoas por jogo. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
|