São Paulo, domingo, 31 de maio de 1998 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice 1978 - ARGENTINA Uma festa bem caseira
Para muita gente, o Mundial de 1978, na Argentina, foi a versão latina da Copa de 1966 na Inglaterra: as más arbitragens e a suspeita de "marmelada" marcaram o título dos donos da casa. Depois de derrubar o "carrossel" holandês em 74, os alemães fizeram uma campanha de pouco brilho, com três empates em 0 a 0 (contra Polônia, Tunísia e Itália). No grupo A das semifinais, a Holanda venceu austríacos e italianos e empatou com a Alemanha, na repetição da decisão de 74. Foi o suficiente para garantir a segunda final consecutiva para o "carrossel holandês", já sem seu ídolo maior, Cruyff. No grupo B, a Argentina bateu a Polônia (2 a 0) e depois empatou sem gols com o Brasil, na violenta "batalha de Rosario". Para chegar à final, precisava vencer o Peru por quatro gols. Fez mais. O placar de 6 a 0 até hoje levanta suspeita de suborno. O regime militar queria o título de qualquer maneira e o goleiro peruano Quiroga, até então o melhor da Copa, era argentino de nascimento. Na final, 1 a 1 no tempo normal, com a Holanda mandando a bola na trave de Fillol no último minuto. Na prorrogação, mais dois gols argentinos garantiram o título. O atacante Mario Kempes, autor de seis gols, foi festejado como o astro da competição. O adolescente Maradona, cortado pelo técnico Menotti antes do Mundial por ser "muito jovem", só assistiu. Apesar de mostrar pouco brilho, a seleção brasileira só não foi à final por ter saldo de gols desfavorável em relação à Argentina. Ao anular um gol de Zico, de cabeça, encerrando a partida durante a cobrança de um escanteio por Nelinho, Clive Thomas, do País de Gales, tornou-se o destaque negativo da arbitragem. O Mundial teve 102 gols em 38 partidas (2,7 gols/jogo). A média de público registrada foi 42.374 pessoas por jogo. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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