São Paulo, domingo, 31 de maio de 1998

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1986 - MÉXICO
Gênio brilha sozinho

Allsport
Com gols antológicos, Maradona carregou o time argentino nas costas, transformando todos os outros jogadores do Mundial em coadjuvantes



Quase sozinho, Diego Maradona faz até gol usando a mão e consegue levar uma medíocre seleção da Argentina a seu segundo título em Copas


Apesar das dificuldades iniciais, com a desistência da Colômbia de abrigar o evento e o terremoto no México, em 1985, a 13ª Copa do Mundo entrou para a história com gols e belas jogadas.
A ainda forte equipe alemã queria vencer a frustração do vice na Espanha. Maradona desejava mostrar ao mundo do que realmente era capaz. O Brasil, novamente com Telê Santana, tentava recuperar a chance perdida em 82.
Ao final, o Mundial foi o espetáculo de um homem: Diego Maradona. A taça começou a ser dele nas quartas-de-final, contra a Inglaterra. Seus dois gols entraram para a história. No primeiro, enganou a todos ao desviar a bola com a mão. No segundo, driblou meio time inglês em uma arrancada de seu próprio campo.
Mais um gol de placa contra a Bélgica, na semifinal, pôs os argentinos diante dos alemães ocidentais na decisão.
Com 2 a 0 no placar a 35 minutos do fim, a vitória parecia garantida. Com raça, a Alemanha empatou.
Mas, logo em seguida, Maradona lançou Burruchaga, que fez o gol do título. Ninguém tiraria a Copa de Maradona.
Além dos argentinos, os bons momentos de Careca e Zico pelo Brasil, a ótima França de Platini e, na primeira fase, a estonteante Dinamarca, com futebol ofensivo e irreverente, garantiram uma competição de altíssimo nível técnico.
Seja nos dribles de Maradona, nas exibições da Dinamarca ou na grande final de cinco gols, a segunda Copa do México foi uma festa de futebol.
O Mundial teve 132 gols marcados em 52 partidas (2,5 gol/jogo). A média de público registrada foi 42.307 pessoas por jogo.



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