Depois de dois vice-campeonatos seguidos, a equipe comandada por Beckenbauer e Matthaus consegue ganhar a revanche com a Argentina

Depois do show argentino no México, a Copa de 1990 prometia ficar mesmo com os europeus. A Holanda de Gullit e Van Basten era a mais promissora equipe do Mundial, e a Alemanha parecia estar decidida a não morrer na praia, como em 1982 e 1986.
A Itália sediou a mais desinteressante de todas as Copas, com muitos jogos decididos nas cobranças de pênaltis. A Alemanha Ocidental ficou com o título por ter sido a equipe mais regular.
Enquanto os sul-americanos decepcionavam (os campeões argentinos perderam de cara, para Camarões), os europeus mostravam apenas um futebol de resultados. A antes elogiada Holanda caiu na segunda fase, e mesmo os donos da casa mostravam um futebol apenas mediano.
Na Copa que seria conhecida como a pior da história, o campeão teria mesmo de ser a Alemanha, o time mais determinado e maior representante do futebol-força.
A final foi uma revanche contra a Argentina. Vitória apertada por 1 a 0, graças a um pênalti (duvidoso) convertido por Brehme a seis minutos do fim.
Com um time fraco, a Argentina não mereceria conquistar seu terceiro título, apesar de ter eliminado o Brasil e os donos da casa - estes, na semifinal, nos pênaltis.
Ainda assim, Maradona, longe do brilho de 86, quase repetiu a façanha de quatro anos antes.
A vitória foi um prêmio para dois líderes: Franz Beckenbauer, agora no ban, e Lothar Matthaus, seu sucessor no campo.
Para os amantes da técnica, ficou o show de bola de Camarões, com a melhor campanha da história para um time africano. A Colômbia foi bem, sinalizando uma nova ordem no futebol, para ameaçar as seleções tradicionais.
O Mundial teve 115 gols marcados em 52 partidas (2,2 gols/jogo). A média de público registrada foi 53.216 pessoas por jogo.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice