São Paulo, domingo, 31 de maio de 1998

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1994 - EUA
O tetra vem sem brilho


Apostando num esquema bem defensivo, time de Parreira garante o título na única final da história dos Mundiais decidida por pênaltis


A Copa nos Estados Unidos foi uma celebração de marketing. Grandes patrocinadores numa vitrine mundial, com muita organização fora do campo e pouco talento dentro dele.
A Itália e a Alemanha foram ao torneio com times envelhecidos e sem criatividade. Os italianos chegaram até a final, quando não tinham mais condições físicas para vencer o Brasil.
O forte calor, imposto pelo horário dos jogos que colocava os atletas debaixo do sol do início da tarde para facilitar a transmissão da TV européia, também foi justificativa para os alemães, batidos pela Bulgária nas quartas-de-final
A Argentina começou mostrando grande futebol, goleando a Grécia e batendo a temida Nigéria. Mas o astro Diego Maradona foi flagrado no exame antidoping, recebendo a segunda suspensão de sua carreira. Sem seu maior jogador, a Argentina caiu nas oitavas, diante da Romênia comandada pelo talentoso meia Hagi, uma das estrelas do Mundial.
As semifinais reuniram dois times tradicionais, mas sem brilho -Brasil e Itália-, e duas equipes aplicadas -Bulgária e Suécia.
As vitórias dessa fase nasceram de estrelas solitárias. Roberto Baggio, sofrendo com fortes dores musculares, marcou os dois gols italianos contra a Bulgária. No outro jogo, entre times que tinham empatado em um gol na primeira fase, o Brasil penou para vencer a Suécia. Romário, mais uma vez, fez o gol da classificação.
Na final, nenhum time conseguiu chegar ao gol adversário. A série de pênaltis acabou decidindo qual tricampeão merecia o tetra. O criticado goleiro Taffarel defendeu uma cobrança de Massaro, e o astro Baggio decretou o tetra brasileiro ao bater para fora.
O Mundial teve 141 gols em 52 partidas (2,7 gols/jogo). A média de público chegou a 43.444 pessoas por jogo.



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