REGIS MCKENNA
ESPECIAL PARA A FOLHA

O marketing não acompanhou a evolução da tecnologia e dos processos de negócio e continua dirigindo boa parte de sua estratégia para influenciar o consumidor com base em estudos comportamentais.
Mais de 1,5 bilhão de pessoas terão acesso à web na próxima década. O marketing será dominado pelo desenvolvimento de softwares e por atividades de rede e ganhará, basicamente, dois grupos distintos de tarefas: propaganda e promoção e criação de infra-estrutura de rede e de TI (tecnologia da informação). A empresa será definida como uma rede integrada de recursos que criam valor para o cliente.
A criatividade tomará forma de conceitualização e implementação de comunicações e de serviços de circuito fechado, habilitados pela web, e envolverá a invenção de novas formas de interação com o consumidor, que terá enorme capacidade de acesso a produtos e serviços, podendo escolher lugar, hora e natureza do relacionamento comercial.
O consumidor terá mais a considerar na hora de comprar ou contratar serviços do que simplesmente o apego à marca.
Os negócios que energizarem todos os recursos da empresa, compartilhando e aplicando inteligência imaginativa, serão os líderes de mercado.
Para mim, o marketing se define agora como uma arquitetura integradora que garante o contínuo processo de aprendizado organizacional, pelo qual a empresa acumula conhecimento por meio da interação contínua com os consumidores e com o mercado para aprender, adaptar-se e responder aos novos desafios de forma criativa e competitiva.