Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Esporte

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Juca Kfouri

Enfim, o Paulista

Depois de 19 modorrentas e megalomaníacas rodadas, o Estadual de São Paulo terá graça

O PAULISTINHA ACABOU.

Vai começar o Campeonato Paulista de 2013.

Com dois jogos nas quartas de final para mexer com o torcedor.

O Santos recebendo o Palmeiras na Vila Belmiro para ajustar antigas, bem antigas, contas.

Há 50 anos, o Palmeiras evitou o que o Santos busca agora, o tetracampeonato. E, por problemática que seja a fase atravessada pelo alviverde, os times do Parque Antarctica costumam se dar bem contra o rival, por mais que, mais uma vez, o favoritismo seja praiano.

Se o Santos tem a façanha inédita no profissionalismo (o Paulistano foi tetra no amadorismo) como objetivo, ao Palmeiras talvez seja tudo que possa almejar no semestre.

Duas derrotas seguidas, para o Sporting Cristal e para o Ituano, não autorizam ao Palmeiras sonhar muito.

Outro embate com sabor de acerto de contas se dará em Campinas, onde a Ponte Preta receberá o Corinthians.

Mais que sabor de revanche para os corintianos eliminados no ano passado pela Macaca em situação invertida, a Ponte é que tem o Corinthians entalado, porque duas vezes, em 1977 e 1979, decidiu o título diretamente com ele e perdeu --na primeira decisão com um time superior, mas contra quase 23 anos de jejum.

Outras duas vezes a Ponte foi vice-campeã em confrontos com o São Paulo, em 1981, e com o Palmeiras, em 2008, além de uma outra segunda colocação em 1970.

Cinco vezes vice-campeã estadual, a conquista de um título importante que a Ponte busca desde sua fundação, em 1900, é outra das graças dessas finais, além da busca do tetra santista.

O Corinthians escalou o trio Emerson, Guerrero e Pato no domingo contra o frágil Atlético Sorocaba e perdeu em poder de marcação e posse de bola. Ganhou o jogo porque a diferença individual é abissal.

Os outros dois jogos das quartas de final são incomparavelmente mais fracos.

Se Corinthians e Palmeiras, preocupados com a Libertadores, têm a desvantagem de enfrentar rivais poderosos, ao São Paulo, com o Galo na mira, sobrou o Penapolense, mamão com açúcar, no Morumbi.

Prêmio para quem liderou o Paulistinha com folga.

Mogi Mirim e Botafogo disputarão a outra das quatro vagas nas semifinais, o que não será pouco para ambos.

GUERRA x ARTE

A Libertadores, ou Taça Selvagens da América, poderia pensar em um dia rivalizar com a Copa dos Campeões da Europa.

Mas compare os próximos jogos da nossa competição continental com a deles.

Sim, São Paulo x Galo e Corinthians x Boca Juniors, são, em tese, grandes jogos. Mas jogos ou guerras?

E Bayern Munique x Barcelona, nesta terça-feira, ou Borussia Dortmund x Real Madrid, na quarta? Dá para comparar? Gramados, estádios, organização, reverência ao jogo?

Se futebol é arte, esqueça.

Se é guerra, divirta-se.

Afinal, tem gosto para tudo.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página