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Juca na copa

O campeão voltou!

EM 1982, a Espanha foi testemunha da última seleção brasileira realmente amada pela torcida verde-amarela. Mais de 30 anos depois, levando olé, outra vez a Espanha viu um time nacional capaz de empolgar.

Espanha que foi vaiada sem dó nem piedade nem motivo, apesar de Iniesta e companhia não terem cometido uma só frase infeliz ou feito qualquer provocação, ao contrário, só manifestavam seu orgulho de estar na final contra os mestres do jogo bonito.

Até o hino espanhol chegou a ser mal educamente vaiado quando anunciado.

O time de Felipão, senão ainda amado, mas pelo menos capaz de ter reestabelecido o vínculo com a massa como demonstrado em Brasília, Fortaleza, Salvador e no Rio, tinha considerável desafio pela frente, o de impedir o 30º jogo oficial sem derrota dos espanhóis. Pois impediu impiedosamente.

Com 90 segundos, sem que os espanhóis tivessem o gosto de dominar a bola, Fred fez um gol deitado em berço esplêndido para homenagear a galera que cantara, outra vez emocionada e emocionante, o nosso hino.

Mais de 70 mil vozes, então, passaram a cantar que "o campeão voltou". Era cedo, mas quase virou verdade em seguida quando, por pouco, Oscar não fez 2 a 0. Curioso o futebol porque, meia hora após marcar deitado, em pé, e equilibrado, Fred chutou em cima de Casillas o gol mais fácil do esperado e ótimo clássico mundial.

Aos 40, golaço de David Luiz, ao tirar na linha o gol de empate de Pedro, num contra-ataque mortal. Compassadamente o estádio entoou seu nome, quase soletrando. Baixara nele o espírito de Hilderado Luiz Bellini e de outro Luiz, o também zagueirão Felipe, de Caxias do Sul.

No fim do primeiro tempo, o começo da festa: Neymar quase fura a rede do novo Maraca, depois de trocar passes à espanhola com Oscar.

Um gol no início, como contra o Japão, outro no fim, como contra Itália. Coincidências? Pois eis que nem bem começou o segundo tempo e excelente combinação entre Hulk, Neymar e Fred culminou no 3 a 0, como o Bayern Munique fizera com o Barça.

Daí Sergio Ramos perdeu pênalti, Piqué, a cabeça e foi expulso. Cruel, Felipão tirou Hulk e pôs Jadson, para aumentar o volume do olé e a posse de bola brasileira, que equilibrava com a espanhola, só para chatear. E pôs Jô para Fred sair ovacionado. Só o quarto gol não saiu.

"O campeão voltou", voltou a cantar o Maracanã. E quem há de negar?

Imagine quando o time estiver pronto...


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