Renault tira Raikkonen de seu exílio

Depois de dois anos disputando competições de rali e Nascar, Kimi Raikkonen voltará à F-1 no ano que vem.

O campeão de 2007 fechou contrato com a Renault por duas temporadas, e seu retorno à categoria pode influenciar diretamente o futuro dos brasileiros Rubens Barrichello e Bruno Senna, ambos sem contrato para 2012.

Raikkonen era apontado como o maior favorito para ficar com a vaga de Barrichello na Williams no ano que vem.

Mas, segundo a Folha apurou, a negociação com o time inglês emperrou porque o piloto finlandês gostaria de adquirir uma porcentagem da equipe, algo que não fazia parte dos planos da Williams.

Em dificuldades financeiras e tendo feito uma péssima temporada neste ano -foi apenas a nona colocada com cinco pontos ganhos-, a equipe busca um piloto que possa trazer patrocínios, o que Barrichello tem tentado conseguir nos últimos meses.

"Muito se falou que o Kimi iria para a Williams, mas muitas coisas acontecem por trás dos bastidores e a gente nem fica sabendo", afirmou Barrichello, que ontem lançou em São Paulo uma corrida de carros que será disputada no Parque São Jorge.

"Estou com dois telefones no bolso esperando uma resposta lá de fora. Ainda é difícil saber qual vai ser meu futuro, mas estou trabalhando para estar na F-1 em 2012", completou ele, que soube da contratação de Raikkonen por um telefonema da mulher, Silvana, quando ele estava a caminho do evento.

Seu maior rival na briga pela vaga na Williams é Adrian Sutil, que deve perder o lugar na Force India para o também alemão Nico Hulkenberg.

Já para Bruno, que disputou as últimas oito corridas pela Renault, a situação ficou um pouco mais complicada.

Isso porque o brasileiro disputa o cockpit em aberto com outros dois pilotos: Vitaly Petrov, titular do time há dois anos, e Romain Grosjean, atual campeão da GP2.

No anúncio de ontem, a Renault, que se chamará Lotus em 2012, não divulgou quem fará dupla com Raikkonen.

Segundo Oksana Kossatchenko, empresária do russo, sua permanência no time não está garantida apesar de ele ter contrato. Uma reunião hoje deve definir seu futuro.

Com a volta de Raikkonen, a F-1 terá no ano que vem seis campeões mundiais no grid. "Nunca perdi minha paixão pela F-1", disse o finlandês.