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Juca Kfouri

Nada a favor, tudo contra

A seleção brasileira do amistoso não podia mesmo ser igual àquela que ganhou a Copa das Confederações

O JOGO foi na casa do rival, 45 dias depois da vitória consagradora sobre a Espanha e com a maior parte dos jogadores brasileiros com menos tempo de treinamento que os suíços, exatamente porque eles não disputaram o torneio no Brasil.

Mesmo assim, embora com visível falta de ritmo de jogo e de entrosamento naquilo que era automático em junho, a seleção jogou de igual para igual no primeiro tempo.

Não tão aguda como a adversária, com menos volume de jogo a não ser logo no princípio das hostilidades (e haja hostilidades mesmo!), mas mais criativa, a ponto de chegar três vezes em condição de abrir o placar em Basileia, com Hulk, neutralizado cara a cara pelo goleiro; com Paulinho, que cabeceou no travessão, e com Oscar.

Já Jefferson teve que fazer apenas uma grande defesa no fim dos 45 minutos iniciais porque invariavelmente a defesa brasileira impedia o derradeiro arremate suíço.

Luiz Gustavo e Paulinho estavam longe de formar a dupla de que já mostraram ser capazes, Neymar tentava, mas não conseguia nada, Fred nem pegar na bola pegava porque Oscar, que deveria armar, não armava.

Era possível esperar um segundo tempo parecido, com cara de 0 a 0, placar que a Suíça adora tanto quanto chocolate. Mas um brasileiro tinha de fazer um gol e a glória coube a Daniel Alves, numa surpreendente cabeçada na forquilha de sua própria meta, sem que nenhum suíço o pressionasse.

O gol contra foi uma infelicidade, é claro, mas a cabeçada em busca do escanteio era desnecessária.

Daí o time amarelo sentiu o golpe e passou a ser dominado pelo vermelho, que quase foi beneficiado por mais um gol contra, no que seria dos lances mais bizarros da história da seleção brasileira.

Não é que Dante recuou uma bola bandida para Jefferson que a deixou passar entre as pernas, só evitando o vexame por milagre? Felipão precisa mostrar ao zagueiro que nunca se deve recuar a bola para entre as traves, como os suíços cansaram de ensinar porque evitar acidentes é dever de todos. Por sinal, entre Dante e Gil, do Corinthians, também provado no futebol europeu, eu não teria dúvida. E você?

O que sei é que fazia tempo que não olhava com tanta atenção e interesse um amistoso da seleção, mérito do time na conquista da Copa das Confederações, razão pela qual também fazia tempo que uma derrota não me chateava tanto.

Vai ver que é porque o técnico brasileiro não rima com amistosos, mas com mata-matas.

Se for isso, tudo bem porque o time tem muito mais para mostrar e acho que ninguém mais duvida disso, descontado que, a partir do décimo minuto do segundo tempo, o jogo acabou, com a troca de meio time de cada lado.

Quando é para valer, a coisa é diferente. Otimista, eu?


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