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Juca Kfouri

Virou horror

A goleada sofrida pelo Corinthians muda o patamar da má fase alvinegra para grave crise

MÁ FASE é uma coisa e todos os times tendem a experimentá-la, como bem demonstra este Brasileirão, no qual só o Cruzeiro não foi apresentado a ela. Ainda será? Pode ser, rezam os rivais, embora nada indique.

Em más fases, os times desperdiçam pênaltis, e o Corinthians perdeu, com Guerrero, contra a Portuguesa. Não fazem gols, e o Corinthians fez apenas um em oito jogos. Os times também não ganham de ninguém --faz oito jogos que isso acontece com o Corinthians.

Só que, quando o time em má fase vem de ganhar títulos em cima de títulos, as fases más são atenuadas não só por maior paciência dos torcedores como, principalmente, pela fé baseada em alguma lógica, de que o mau momento será superado porque, afinal, jogadores há, além de um excelente treinador.

Verdade que a paciência da Fiel tem se manifestado mais com o time do que com o entorno, tanto que o clube está punido pela briga de sua gente no Mané Garrincha.

E, ontem, uma garrafa de plástico foi atirada no bandeirinha depois que, corretamente, ele anulou pela segunda vez um gol alvinegro, no começo do segundo tempo, quando o time esboçava uma reação aos 3 a 0 do primeiro.

Quando a fase é ruim, até os melhores perdem a cabeça e são expulsos, como aconteceu com Gil, que, além do mais, deixou o time sem sua dupla de zaga titular para enfrentar o Bahia depois de amanhã, em Mogi Mirim, porque Paulo André também estará suspenso.

Mas não há má fase que justifique levar três gols em 32 minutos contra um time que estava três pontos atrás --e que agora está na frente, apesar da diferença abissal de investimentos entre o Parque São Jorge e o Canindé.

O que fazer? Não sei!

Ninguém sabe porque se alguém soubesse lhe pagariam um milhão de dólares pela resposta.

Talvez um retiro espiritual, uma retirada estratégica, pausa para reflexão, para juntar os cacos e pensar no que sobrou, a Copa do Brasil.

A ausência da capital em seus próximos jogos pode ser até benéfica, porque é possível que, depois dos 4 a 0 em Campo Grande, além da lua de mel que acabou faz tempo, a paciência tenha acabado sem perdão.

Ontem, os corintianos mais antigos devem ter lembrado do 7 a 0 de 1961 que a Lusa impôs numa época em que o Corinthians não sonhava em ser campeão mundial e era chamado de "Faz-me rir", alusão a um sucesso de Edith Veiga.

Menos mal, para os corintianos, e por incrível que pareça, que sua vida com vistas ao rebaixamento ainda permaneceu tranquila graças às derrotas do Criciúma e mesmo do São Paulo, que parou na mãos de Dida, goleiro de boa lembrança entre os alvinegros e péssima para os são-paulinos, desde que pegou dois pênaltis cobrados por Raí nas semifinais do Brasileirão de 1999.


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