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Por Baixo

Em meio a momento conturbado de Ganso e fase exuberante do Barcelona, Santos adota discurso humilde e encara Mundial como coadjuvante

Ricardo Nogueira/Folhapress
Ganso no treino de reconhecimentodo estádio de Toyota
Ganso no treino de reconhecimentodo estádio de Toyota

LEONARDO LOURENÇO
ENVIADOS ESPECIAIS A TOYOTA

Após 48 anos, o Santos volta a disputar um Mundial. Mas como reles terráqueo.

A busca do time pela terceira estrela na camisa começa hoje às 8h30 (de Brasília) em Toyota ante o Kashiwa Reysol, campeão japonês.

O time de Pelé conquistou duas vezes o título intercontinental sem se curvar a nenhum adversário, colocando-se sempre como o melhor time do planeta e dono do maior jogador de todos os tempos. Benfica e Milan foram superados em 1962 e 1963, respectivamente.

Desta vez, o Santos tenta conquistar o mundo com os pés no chão, humilde, reconhecendo a superioridade de um adversário que é muito comparado com os grandes esquadrões da história, inclusive o Santos de Pelé.

"Temos a nossa realidade, o Barcelona é o melhor time do mundo, a liga da Europa é melhor que a da América. Temos que reconhecer que a liga que eles disputam é melhor que a nossa", afirmou o técnico Muricy Ramalho.

O comandante santista é conhecido por ser mais trabalhador do que por estimular um futebol vistoso. "Dá gosto de ver é o Barcelona", disse Muricy, que apontou as dificuldades do futebol brasileiro como bom desafio para o técnico Josep Guardiola.

Neymar, a principal aposta santista para o Mundial, também se coloca num patamar abaixo do rival. "Hoje, o Messi é melhor", reconhece ele, que não ficou entre os três finalistas da Bola de Ouro da Fifa, prêmio que o argentino do Barcelona deve ganhar pela terceira vez.

Caso o Santos confirme seu favoritismo hoje diante do Kashiwa, potencialmente decidirá, no domingo, em Yokohama, o título do Mundial contra o badalado Barcelona, base da seleção espanhola campeã mundial de 2010.

A equipe catalã, que vai em busca de seu segundo troféu do Mundial, estreia amanhã contra o Al Sadd, do Qatar.

Se o Santos conquistar seu terceiro título mundial, irá se igualar ao São Paulo como o brasileiros com mais troféus da disputa -já virou tri da Libertadores neste ano.

Do goleiro Rafael (jovem e buscando afirmação) ao atacante Borges (dispensado pelo Grêmio), do lateral esquerdo Durval (zagueiro improvisado) ao volante Henrique (que não seria titular originalmente), o Santos vai para os seus jogos mais importantes das últimas quatro décadas esperando enterrar de vez as "viúvas de Pelé".

"Não importa o adversário, ia ser mesmo difícil, é uma estreia, e é complicado. Se passar para final, aí pode acontecer tudo", afirmou Muricy sobre o primeiro obstáculo, o Kashiwa Reysol, dirigido pelo colega Nelsinho Baptista.

Faltam apenas dois passos para o projeto Terceira Estrela se concretizar. Em campo, ainda mais com a fase turbulenta de Ganso, há apenas uma estrela. O mundo vai vê--la hoje, mas verá também o mais humano Santos que já disputou jogo de Mundial.

NA TV

Santos x Kashiwa Reysol

8h30 Globo, Esporte Interativo e Sportv

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