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Juca Kfouri

Agora, a diversão

O Santos passou pelo jogo do vexame. No domingo precisa entrar em campo com outra cabeça

O KASHIWA não foi o Mazembe. E ponto. E basta.

E o 3 a 1 não espelhou o jogo, muito mais em pés japoneses do que brasileiros, embora fossem brasileiros os dois melhores jogadores do time japonês.

Mas a diferença individual é de tal ordem que Neymar, Borges e Danilo resolveram o jogo com a naturalidade que faltou aos esforçados rivais no jogo da vida deles.

Ao contrário, para o Santos era o jogo da vergonha, aquela pela qual passou o Inter no ano passado, aquele jogo que ganhar é obrigação e perder é vexaminoso, mancha indelével na história.

Risco que, diga-se, o Santos não correu em nenhum momento, até por ter mandado bola na trave logo no começo do jogo e tê-lo liquidado ainda antes do 25º minuto.

Mas a defesa santista deixou muito a desejar, não só por tomar um gol de escanteio mais que previsível, mas, principalmente, porque Durval não tem cacoete de lateral e nem é bom pensar o que os catalães poderão fazer por ali se de fato forem eles e não os qatarianos os rivais do domingo, coisa que nestas alturas você, raro leitor, até já pode saber se não é do tipo que lê jornal assim que acorda.

Cabe ao desinformado colunista, portanto, especular.

E não desperdiçará este nobre espaço com o Al Sadd, com todo respeito.

Resta falar do Barcelona, se é que falta falar alguma coisa do Barcelona.

Primeiramente, se o Kashiwa teve mais posse de bola que o Santos, imagine o time espanhol.

E, aí, só restará que o time brasileiro faça o que Muricy Ramalho apregoou em uma de suas entrevistas já no Japão: se divirta.

Isso mesmo.

Entre em campo com a cabeça de quem está diante da oportunidade rara de enfrentar os melhores do mundo. Sim, o Santos poderá até ser campeão mundial de novo, mas o melhor time do mundo continuará sendo o Barça.

Messi, Iniesta, Xavi: quando os santistas poderão vê-los tão de perto novamente?

Aproveitem, pois, metam na cabeça a ideia de meter-lhes uma bola entre as pernas, joguem o jogo, homenageiem o futebol.

Um dia, um time fez isso contra o Santos de Pelé.

Meteu-lhe 6 a 2 num jogo e 3 a 2 noutro e foi campeão da Taça Brasil, em 1966.

Chamava-se Cruzeiro, de Tostão e Dirceu Lopes.

E o Santos de Neymar e Ganso?

blogdojuca@uol.com.br

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