Racismo faz capitão inglês ser indiciado

O zagueiro John Terry, 31, capitão do Chelsea e da Inglaterra, irá responder na Justiça Comum por supostas ofensas racistas cometidas durante uma partida de futebol.

O jogador é acusado de ter xingado Anton Ferdinand, irmão de Rio Ferdinand, do Manchester United e companheiro de Terry na seleção, na derrota por 1 a 0 do seu time contra o Queens Park Rangers, em 23 de outubro.

Câmeras da Sky Sports, responsável pela transmissão do Inglês, flagraram a discussão. O vídeo mostra o jogador do Chelsea proferindo vários xingamentos contra o rival.

A leitura labial da cena feita pela imprensa inglesa não consegue definir se a palavra que aprece em meio às ofensas feitas por Terry é "black" (preto) ou "blind" (cego).

"Após ter estudado todas as provas, avalio que a possibilidade de condenação é realista e considero que é de interesse público levar este assunto a julgamento", afirmou o promotor Alison Saunders.

Terry, que nega as acusações, terá de depor em um tribunal em Londres no dia 1º de fevereiro. Se for condenado pelo crime de "atentado à ordem pública com agravante de racismo", pode ser multado em 2.500 libras (aproximadamente R$ 7,2 mil).

O escândalo reacende o debate sobre o posto de capitão que o zagueiro tem na seleção e até mesmo se ele merece continuar sendo convocado pelo técnico Fabio Capello.

O jogador do Chelsea acabou de recuperar a braçadeira perdida após a divulgação de um caso extraconjugal do defensor com a então namorada do lateral esquerdo Wayne Bridge, antigo parceiro no clube londrino e, à época, companheiro de seleção.

A carreira do capitão inglês é marcada por uma série de outros grandes escândalos.

Ele já teve problemas com bebidas alcoólicas, envolveu-se em brigas de bar e foi flagrado recebendo dinheiro de jornalistas disfarçados para guiá-los em tour pelo Chelsea. Além disso, seu pai foi filmado vendendo cocaína.