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Blue chip

Ações da Universidad de Chile, campeã da Sul-Americana, se valorizam quase 250% este ano

Claudio Santana/France Presse
Vargas festeja gol na final da Copa Sul-Americana
Vargas festeja gol na final da Copa Sul-Americana

DE SÃO PAULO

Houve poucos negócios melhores em 2011 do que investir na Universidad de Chile. O clube chileno, campeão da Copa Sul-Americana, foi a sensação da bolsa de valores de Santiago neste ano.

As ações do clube se valorizaram quase 250% ao longo do ano -chegaram a ultrapassar 300%, mas caíram um pouco nas últimas semanas com a realização de lucros por parte dos acionistas.

Segundo a agência Reuters, o valor em bolsa da Universidad de Chile chegou a superar o da Juventus de Turim -US$ 174 milhões, contra US$ 171 milhões da tradicional agremiação italiana.

Em 2005, o governo chileno obrigou os clubes do país a se transformarem em empresas. E os três maiores -depois de algum tempo- resolveram abrir parte do capital na Bolsa de Santiago.

Só que, enquanto Colo-Colo e Universidad Católica ainda patinam na área, "La U" decolou no mercado de ações.

O boom se deu por três motivos: os bons resultados em campo, as vantajosas negociações que conseguiu na transferência de jogadores e até uma disputa entre os principais grupos de acionistas.

A Universidad de Chile, atual campeã nacional, acaba de conquistar seu primeiro título internacional em 84 anos de história -a Copa Sul-Americana, com direito a resultados históricos, como a goleada por 4 a 0 sobre o muito mais famoso Flamengo.

No dia seguinte a essa façanha, a ação "Azul Azul" subiu 29,12% na Bolsa de Santiago. A escalada acabou interrompida, de acordo com a norma que suspende a negociação de papéis que sobem mais de 20% em só um dia.

Fora de campo, o clube finalmente acertou mais do que errou. Usou o dinheiro da venda de jogadores importantes como Montillo e Victorino (ambos para o Cruzeiro) para investir num novo CT.

Agora, acaba de fechar a maior transação do futebol chileno, ao vender a sensação Eduardo Vargas para o Napoli por US$ 17 milhões.

Mas nem os bons resultados foram suficientes para que o presidente Federico Valdés virasse unanimidade entre os torcedores. O cartola foi vaiado em todos os jogos do ano. "São críticas injustas, que vêm de uma parte da torcida que têm um ressentimento terrível ou posição tão extrema contra as sociedades anônimas que me resulta irrelevante", disse Valdés ao jornal 'El Mercurio'.

O presidente anunciou que não tentará se reeleger em abril, o que permitiu uma corrida por sua sucessão entre os principais acionistas. A diretoria do clube tem 11 integrantes -dois apontados pela reitoria da Universidad do Chile e nove escolhidos por acionistas. "O ideal é que se chegue a um consenso, o contrário seria ruim para a instituição", diz Mario Conta, um dos maiores investidores.

Com agências internacionais

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