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FÁBIO SEIXAS fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas

Cinco pilotos, duas vagas e o fim da feira

O ANO da F-1 termina com duas vagas abertas e cinco pilotos na linha de frente da corrida para ocupá-las.

Williams e Hispania não têm pressa. Vão negociar com Barrichello, Bruno, Sutil, Petrov, Liuzzi e com

quem mais aparecer até conseguirem arrancar o último centavo.

O nome disso é leilão. E é uma prática antiga entre equipes de fundo do grid.

Piloto pagante sempre houve. No princípio, eram os nobres. Depois vieram os playboys. Mais recentemente, garotos-investimento, que caem nas graças de algum empresário ou juntam verba com algumas empresas, todos esperançosos de um polpudo retorno logo à frente.

Para as equipes nanicas, sempre foi uma estratégia de financiamento, uma forma de completar o orçamento obtido com patrocinadores igualmente nanicos.

Mas e a Williams nisso?

Sim, é triste. Mas a terceira equipe mais vitoriosa da F-1, dona de 113 triunfos, nove Mundiais de Construtores e que fez sete pilotos campeões, dominante em alguns momentos da categoria, chegou ao ponto de precisar de dois pilotos pagantes.

Os petrobolívares de Maldonado já não bastam. A Williams precisa de mais.

E precisa de mais porque errou, há dez anos, ao esnobar as propostas da BMW e não se associar de forma mais séria a uma montadora. Comportou-se como uma miss, quis se manter pura. Lindo, mas não funcionou.

A Williams ficou para atrás e agora entrou num círculo vicioso. Sem resultados, não consegue patrocinadores. Sem patrocinadores, vai atrás de pilotos pagantes. Com pilotos pagantes, dificilmente conseguirá resultados.

Barrichello, Bruno, Sutil, Petrov, Liuzzi e quem mais aparecer sabem disso. Mas é o que resta. A Hispania não é opção que valha a pena. É o fim da feira.

2011

ANO QUE VAI

O 2011 viu o amadurecimento de Vettel, a afirmação da Red Bull, o sofrimento de Alonso num carro mediano, os descontroles de Hamilton, as perdas de Sondermann, Simoncelli e Wheldon, as ressurreições de Grosjean e Stoner, a ascensão de Nasr como grande promessa do Brasil.

E terminou com Ecclestone, como um general, dizendo que não deixará o posto sem uma batalha dura...

2012

ANO QUE VEM

...e 2012 será o ano do carro novo da Indy -batizado com a sigla de Dan Wheldon-, do tudo ou nada de Rossi na Ducati, de mais alguns passos de Nelsinho na luta para vender seu peixe na Nascar, da busca de Cacá por novos ares, da chance final de Massa com um carro da Ferrari.

Esta coluna fará um pit stop agora e retornará em fevereiro, com a pré-temporada da F-1.

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