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Juca Kfouri

Em terra de cego

O Cruzeiro sobrou contra o Santos e Robinho, que sobrara duas vezes, ficou sem espaço para desfilar

Robinho havia sido o melhor dos santistas em sua volta e brilhara contra o Londrina. Pela Copa do Brasil, fez um golaço, deu passe para o outro gol e deixou os tristes Leandro Damião e Thiago Ribeiro na cara do goleiro duas vezes. Uma festa!

Aos 30 anos, experiente e habilidoso, Robinho nasceu para usar a camisa do Santos e provavelmente se dará bem no futebol que se joga por aqui, onde sobra espaço e passe certo é raridade.

Para sorte do retornado ídolo praiano, um time que joga como o Cruzeiro é raridade no Brasil, razão pela qual ele não deverá sofrer como ontem no Mineirão quando, mais vigiado, teve poucos momentos de brilho, embora os tivesse.

Até fazer 2 a 0 --o primeiro gol com Aranha comendo frango, mas com a colaboração do apitador que desconsiderou a participação do impedido Ricardo Goulart no lance--, o Cruzeiro pouco permitiu aos paulistas e quando permitiu viu Damião e Ribeiro falharem miseravelmente. Sorte do Santos que os mineiros se acomodaram com a vantagem e marcaram só mais uma vez para fazer 3 a 0.

Por falar em paulistas, que não venceram nem um dos lanternas, os baianos, na rodada, é de se registrar o desempenho dos times da federação do sr. Nero na Série B, sem nenhum time entre os quatro primeiros e com três, Oeste, Bragantino e Portuguesa, entre os quatro últimos.

O homem, de fato, botou fogo no futebol paulista e ajuda a fazer do patropi o país de um futebol caolho, ou pior, à beira da escuridão total.

Não tivesse deixado de ganhar sete pontos por erros crassos de arbitragem e o Cruzeiro não estaria apenas dois pontos, mas nove, à frente do Inter, que também não convence --e se ganhou 15 pontos em seus últimos cinco jogos, pode creditar quatro deles às falhas clamorosas dos goleiros do Bahia e do Goiás, Marcelo Lomba e Renan.

E O PALMEIRAS...

Nem beneficiado com a marcação de um pênalti inexistente o Palmeiras conseguiu ao menos empatar com o São Paulo.

Valdivia jogou 13 minutos e saiu magicamente com dores musculares e tonturas quando fazia a diferença no Pacaembu. Certamente para ele já era o bastante.

Numa tarde que o goleiro Fábio não esquecerá ao falhar gravemente nos dois gols tricolores, um de Pato e o outro, ainda por cima, de Alan Kardec, o Alviverde se aproximou perigosamente do terceiro rebaixamento nos últimos 12 anos, pior maneira possível de comemorar seu centenário, a ser completado no dia 26.

Como diz Régis, um bom vizinho, poeta do bons, "torcer para o Palmeiras é nostalgia do inexistente".

BOM SENSO

Os clubes têm pressa e até pedir reunião com o BSFC pediram, dispostos a tudo pela aprovação da Lei da Responsabilidade Fiscal. Os jogadores não têm por que se apressar.


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