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Nobel da Paz

'Idealizador da Olimpíada no Rio' quer indicar Havelange a prêmio

DE SÃO PAULO - Acuado por denúncias de corrupção, o presidente de honra da Fifa, João Havelange, 95, pode ser o indicado do Brasil ao Nobel da Paz.

O presidente da Academia Brasileira de Filosofia (ABF), João Ricardo Moderno, pretende encaminhar até sexta à Academia Sueca a documentação da candidatura de Havelange.

Segundo ele, a ideia surgiu em 2010, quando a ABF atribuiu ao dirigente o título de doutor honoris causa. À época, porém, não conseguiu efetivar a candidatura pois Havelange estava envolvido em "muitas viagens". Ele diz que, em 2010, tornou-se amigo de Havelange, que o teria reconhecido como idealizador da Olimpíada no Rio.

"Tive a ideia [de realizar os Jogos no Rio] em 1993. Contei para o Roberto Marinho [então presidente da Globo], que a levou ao Havelange. E ele confirmou isso publicamente em 2010", contou satisfeito.

Durante almoço de desagravo a Havelange, na última semana, Moderno retomou a ideia de candidatá-lo ao Nobel.

O presidente da ABF defende o cartola das acusações de envolvimento no caso ISL, o maior escândalo de corrupção da história da Fifa. Segundo Moderno, durante o almoço, Havelange "usou muitas vezes o termo maldade" ao se referir às acusações sofridas.

Em dezembro, Havelange renunciou ao cargo no Comitê Olímpico Internacional, que investigava seu envolvimento no escândalo ISL. "Ele disse que não foi à reunião do comitê de ética do COI pois não deve nada a ninguém."

Moderno contou que Havelange atribuiu as acusações à tentativa de Joseph Blatter impedir que o Brasil volte à presidência na Fifa. Ex-genro de Havelange, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, é provável candidato à sucessão de Blatter na entidade mundial.

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