Xico Sá

Larissa, na intimidade

A musa das causas impossíveis me deu as melhores notícias de um começo de ano

Amigo torcedor, amigo secador, finalmente o destino me colocou na cara do gol, frente a frente, ojos nos ojos, com a modelo paraguaia Larissa Riquelme, a musa das causas impossíveis.

Interrompi o recesso do guerreiro, na praia de São Miguel do Gostoso (RN), para viver esse momento único. Minha mulher não é fraca não: entendeu a necessidade do seu pobre cronista.

A legítima deusa da Copa da África do Sul esteve anteontem no lançamento do uniforme alviverde do América do Recife. Cheguei junto com a sutileza de um Serginho Chulapa, gênio do gol e da vida. Se foi bom pra mim? Nossa madre. Inesquecível. Que moça articulada, que inteligência, que repertório. Passamos horas falando do Augusto Roa Bastos, seu escritor paraguaio predileto.

Tão encantadora prosa que até esqueci de mirar suas famosas tetas.

Sim, me fez promessas, como de costume. Além de tirar a roupa mediante a simples permanência do Mequinha na primeira divisão do Pernambucano, expôs um rosário de juras. Se o Campeão do Centenário ganhar o caneco do Estadual, deixando Sport, Náutico e Santa na poeira, o que é muito provável, Larissa me prometeu lua de mel no casarão de Solano Lopez e madame Lynch, em Asunción.

Se o Corinthians for campeão da Libertadores, desfilará, como veio ao mundo, por toda zona leste de São Paulo. Vai ser lindo. Exige apenas a presença de Ronaldo, seu ídolo. A musa das causas impossíveis não vacila, confidencia no ouvido, ciente como nunca: "É campeón, sin duda".

Depois de juras tantas, fomos tomar uns caubóis legítimos no "Bode Dourado", onde Cabeça Branca, o feliz proprietário do estabelecimento, fez a festa, diante de mais uma promessa: se o timbu permanecer na Série A do Brasileiro, Larissa dá uma volta olímpica pelada no estádio dos Aflitos.

Ah, teve mais um gracejo da moça, sabendo da minha queda pelo Santos Futebol Clube, Moby Dick dos sete mares. Se o alvinegro da Baixada devolver, no final do ano, a humilhação sofrida diante do Barcelona, Larissa promete nunca mais prometer tirar a roupa por nenhuma causa ou clube. A não ser para o seu hombre, seu eleito, este escriba pangaré que vos fala.

Muito prazer, Larissa, sabia que um dia ouviria dos teus lindos lábios as melhores notícias de um começo de ano. Aqui me despeço, besos, e que suas palavras sejam ordens para os deuses.

Minha pátria é o meu uísque. Com o Paraguai, sempre!

xico.folha@uol.com.br
@xicosa