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Juca Kfouri O xis da questão O problema não está nos Estaduais, mas na participação forçada dos grandes neles PARA COMEÇAR, é preciso dizer que nada que tenha acontecido ontem no mundo do esporte se compara ao que Novak Djokovic e Rafael Nadal fizeram no Aberto da Austrália. Nada! Depois é preciso repetir o que já se disse aqui mil vezes: os campeonatos estaduais poderiam ser disputados por 11 meses na temporada, incentivando as rivalidades entre Campinas e Americana, Piracicaba e Ribeirão, São José dos Campos e Taubaté. Não podem é obrigar o Santos a levar Neymar a Guaratinguetá nem que o campo de lá seja um tapete (e não o pasto ameaçador de torcer joelhos e tornozelos de todos que ousem pisá-lo), porque os Estaduais perderam o sentido a tal ponto que mesmo sem ter Come-Fogo há 1/4 de século no Paulistinha, eis que apenas 8.000 torcedores foram vê-lo no sábado, no estádio Santa Cruz com capacidade liberada para 28 mil pessoas. Ou seja, nem mesmo o clássico local comove como não comove a ida do mais vitorioso dos clubes brasileiros, o São Paulo, a Presidente Prudente, onde de 23.800 ingressos postos à venda só 8.001 foram comprados para o jogo contra o Oeste. Há sim como evitar a falta de sentido técnico e profissional de um modorrento Corinthians 1, Linense 0, no Pacaembu -quando poderia ser um esquenta temporada contra, por exemplo, o vice- -campeão brasileiro Vasco pelo Rio-São Paulo- sem decretar a morte dos pequenos. Basta pensar um pouco para fazer um calendário mais racional, que não esgote os jogadores no começo, no meio e no fim dele. E são tantas as propostas óbvias que pouparei a rara leitora e o raro leitor de mais uma repetição. E se é verdade que o Paulistinha rende mais dinheiro do que a Libertadores, eis outro problema para os cartolas dos clubes grandes, que além de se submeterem à mediocridade imperante na FPF, fingem não saber que a Conmebol é o que é porque interessa ao periclitante incapaz que preside a CBF mantê-los pobres desde que a seleção brasileira fature. A FPF existe, aliás, só para eleger o cara da CBF.
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