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Juca Kfouri

A prioridade da CBF

Entre a Copa aqui e a Olimpíada lá, a opção pelo hexacampeonato é a escolha natural da seleção

ANDRES SANCHEZ, que nunca primou pela sutileza, foi direto ao ponto: a eventual inédita medalha de ouro olímpica em Londres neste ano não é a prioridade da seleção brasileira. O sonho é mesmo ganhar a Copa do Mundo no Brasil daqui a dois anos.

Faz sentido.

Até porque a Olimpíada de 2016 será no Rio, e o ouro olímpico pode vir com uma enorme festa.

Festa que não será feita nas ruas caso venha na Inglaterra, porque comemoração mesmo o torcedor só faz quando a seleção traz a Copa, seja onde for.

Não que haja qualquer comparação entre um e outro torneio, embora, muito cá entre nós, este que vos escreve tenha verdadeira obsessão pela medalha de ouro olímpica, mais até que pelo hexacampeonato mundial.

E não é porque os argentinos já a ganharam duas vezes, pois não sou movido por rivalidades desse tipo. Mas pelo ineditismo da conquista, a única que nos falta, a única que quem já viu cinco vezes a taça do mundo ser erguida por capitães brasileiros não pôde comemorar.

Não falta quem ache, e tem fundamento, que a declaração do novo homem forte da CBF tenha sido para tirar a pressão sobre Mano Menezes, embora Sanchez não se caracterize por esse tipo de cuidado, muito ao contrário, que o digam os jogadores corintianos nas duas retas finais dos dois últimos Brasileirões.

Aliás, o melhor que a CBF faria seria deixar a seleção olímpica com quem a trouxe até aqui -com Ney Franco, que pode não ser campeão sem maiores consequências e que será injustiçado caso tenha que dividir a glória dourada.

Mas é verdade, também, que a seleção olímpica de Ney Franco, com os três reforços de mais idade, é praticamente a principal de Mano Menezes, o que soma para a decisão de sua ida.

Seja como for, e puxando a brasa para a minha sardinha, o fato é que o ponto mais alto do pódio para o futebol brasileiro já em Londres, embora menos difícil que qualquer outra medalha olímpica, será o mais aplaudido por aqui.

Mesmo na tela da Record.

FICA, NEYMAR!

LAOR, o presidente do Santos, acrescenta argumentos para a permanência de Neymar, mesmo que em 2014 ele se vá de graça: sua presença revelou, e rendeu, jogadores como André e Zé Love, além de dar tanta audiência que permitirá ao clube negociar melhor seus direitos de TV.

blogdojuca@uol.com.br

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