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Medalhistas perdem apoio automático

VELA
Índice técnico será único critério para atleta receber patrocínio

MARIANA BASTOS
DE SÃO PAULO

Os velejadores que subirem ao pódio na Olimpíada não terão mais apoio financeiro garantido pela CBVM (Confederação Brasileira de Vela e Motor), algo que ocorreu no último ciclo olímpico.

A entidade está revendo os critérios de classificação para o atleta se tornar membro da equipe brasileira de vela no próximo ciclo olímpico.

Os membros da equipe são beneficiados com ajuda de custo mensal-que no último ciclo olímpico variou entre R$ 1.200 e R$ 2.500-, custeio de viagens e fornecimento de equipamentos em treinos e torneios internacionais.

Durante os últimos quatro anos, Isabel Swan e Fernanda Oliveira (bronze na 470 em Pequim-2008) e Robert Scheidt e Bruno Prada (prata na star na última Olimpíada) foram membros natos da equipe brasileira. Em suma, eles não precisavam ganhar a seletiva anual para se manterem entre os beneficiados.

"O apoio ao membro nato vai acabar porque isso cria um impacto grande no orçamento da confederação", disse Ricardo Baggio, superintendente da CBVM, no domingo. Ontem, no entanto, ele retificou sua declaração.

"É difícil mensurar [quanto vai ser poupado]. Acabar com o membro nato é muito mais uma questão de filosofia da confederação do que simplesmente de impacto econômico", afirmou.

Segundo ele, a formação anual da equipe terá como critério único o índice técnico obtido em competições a serem definidas pela CBVM.

Outra mudança é estudada para o próximo ciclo. Segundo Baggio, as classes nas quais o Brasil não tem grandes velejadores poderão perder apoio. Em compensação, classes nas quais o Brasil tem destaque poderão ter duas tripulações contempladas. Ele cita o caso da 470, em que há duas duplas de alto nível.

Após Pequim-2008, Fernanda e Isabel formaram novas parcerias, com Ana Barbachan e Martine Grael, respectivamente. Fernanda garantiu apoio da CBVM para sua nova parceira após elas vencerem a Semana Brasileira de Vela de 2011. Mas foram as rivais que asseguraram vaga para o Brasil em Londres.

As duas duplas agora duelam para saber quem representará o país na Olimpíada.

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