Olimpíada

Por conta da crise, Roma desiste dos Jogos-2020

A grave crise econômica que afeta alguns países europeus respingou no esporte.

Ontem, no último dia para que os países interessados em sediar os Jogos Olímpicos de 2020 submetessem suas candidaturas, Roma anunciou que estava fora da disputa.

De acordo com Mario Monti, primeiro-ministro italiano, seria uma irresponsabilidade fazer com que os contribuintes tivessem que arcar com os US$ 12,5 bilhões (aproximadamente R$ 21,4 bilhões) que seriam gastos com o projeto.

Roma, que não recebe uma edição da Olimpíada desde 1960, foi a primeira cidade a manifestar o desejo de abrigar os Jogos de 2020, há um ano. Na época, porém, não apresentou garantias financeiras para tocar o projeto.

Entre outras exigências, o Comitê Olímpico Internacional pede que as cidades candidatas provem que o governo local se responsabilizará por cobrir qualquer deficit.

"Temos que insistir nestas garantias. É prudente de nossa parte", afirmou Richard Carrion, um dos membros da comissão de finanças do COI.

Com a desistência de Roma, outras cinco cidades estão na disputa pela Olimpíada que ocorre após a Rio-16: Madri, Tóquio, Doha, Baku (Azerbaijão) e Istambul, que se inscreveu ontem, no último dia hábil, e tentará pela quinta vez ter o evento -já se candidatou, sem sucesso, para 2000, 2004, 2008 e 2012.

O COI irá agora estudar as candidaturas e, em maio, anunciará se aceita as cinco cidades ou não. A definição final acontecerá em setembro de 2013, em Buenos Aires.