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Juca Kfouri

Neymar x Tite

Nenhum exagero sobre o santista e nenhuma diatribe contra o treinador corintiano

OS SANTISTAS, por melhor que voltem a jogar por aqui como na maravilhosa goleada imposta à Ponte Preta, vão ouvir, até que possam se vingar, que com o Barcelona a conversa é outra. Os corintianos, mesmo que continuem ganhando e liderando os torneios que disputam, vão continuar ouvindo que a sovinice de seu time dá nos nervos.

De um lado, Neymar, fora da curva, em patamar acima e -aleluia!- novamente cada vez mais coadjuvado por Paulo Henrique Ganso. Ambos candidatos a ser o melhor jogador e o melhor coadjuvante, para alegria de Muricy Ramalho, mas, principalmente, de Mano Menezes.

Do outro lado, a alegria de Tite não brilha, mas é cirúrgica. Acerta o alvo uma vez, se dá por satisfeita e vida que segue, melhor agora se, de fato e como parece, Adriano passar a ser útil, arma principalmente nos jogos fora de casa na Libertadores, porque não se intimida e impõe respeito. Mas quem acompanhou os dois jogos do sábado, em Barueri e no Pacaembu, não pôde deixar de constatar que enquanto o Santos desfilava sobre a Ponte Preta, o Corinthians economizava perante o frágil Botafogo. Muricy, meio constrangido, mais quieto do que de costume, apreciava o espetáculo, embora não estivesse num teatro...

E Tite, em altos brados, pedia mais, queria mais, educado, competente, mas, ao inverso de Narciso, impotente para impedir que seu time jogue à sua imagem e semelhança.

Domingo que vem, na Vila Belmiro, teremos Santos x Corinthians, o melhor ataque contra a melhor defesa, 25 gols x 3 gols, em nove jogos.

Pena que no meio da semana seguinte, ambos joguem, embora em casa, pela Libertadores, o alvinegro da capital contra o Nacional paraguaio, e o do litoral contra o Inter gaúcho, o primeiro na quarta, o segundo na quinta. Pouparão? A prudência manda fazê-lo.

O mero observador adoraria vê-los completos.

GOL DO STF

Com relatoria brilhante do presidente do STF, Cezar Peluso, a mais alta corte do país rejeitou, unanimemente, a pretendida, pelos cartolas, inconstitucionalidade do Estatuto do Torcedor.

E deixou sacramentado que a autonomia das entidades esportivas não equivale a soberania e está sujeita sim aos demais poderes. O gol de ouro do ministro Peluso, que se aposentará neste ano, ainda não foi devidamente percebido por todos, mas mudará e modernizará o rumo da legislação esportiva brasileira. Eppur si muove!

blogdojuca@uol.com.br

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