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Rodízio de vices é opção de Teixeira

CBF
Caso peça licença, dirigente pretende revezar poder entre cinco

SÉRGIO RANGEL
DO RIO

Caso se licencie do cargo, o que pode acontecer ainda neste mês, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, já fechou um acordo para que exista um rodízio entre seus cinco vices para substitui-lo.

Isso foi informado às 27 federações, incluindo as que questionam eventual posse do vice José Maria Marin, de São Paulo, que assumiria em caso de renúncia por ser o mais velho entre os vices.

Nos próximos dias, Teixeira fará uma bateria de exames para definir o tratamento de uma diverticulite (inflamação na parede do cólon, ligado ao intestino grosso) e poderá se ausentar da confederação por até 180 dias.

Caso o dirigente decida se afastar, Fernando Sarney, filho do senador José Sarney, ficará na presidência da CBF por pelo menos um mês.

Fernando é vice-presidente representando a região Norte -na geografia da CBF, o Maranhão fica no Norte, e não no Nordeste do país.

Além de Sarney, Fábio Marcel Nogueira (Sul), Marin (Sudeste), Marco Antônio Ferreira (Nordeste) e Weber Magalhães (Centro-Oeste) se alternariam no poder.

Apesar de preferir que Marin ficasse em seu lugar por toda a licença, Teixeira optou por revezar os vices no poder para evitar crise com as federações, já que uma parte delas não gosta de Marin.

Na véspera da assembleia geral, realizada na última quarta-feira no Rio, presidentes de federações se articulavam para impedir que Marin fosse homologado como o substituto de Teixeira.

A licença médica é vista como uma saída estratégica do cartola em meio à disputa ele que vem travando com a cúpula da Fifa e com o governo federal sobre a Copa-2014.

O presidente da CBF ficou numa posição ainda mais delicada após a Folha mostrar sua ligação com a empresa de marketing esportivo Ailanto, acusada pelo Ministério Público de desvios na organização de amistoso entre as seleções de Brasil e Portugal em 2008. A empresa recebeu R$ 9 milhões pela partida.

Na reunião de quarta-feira, o dirigente anunciou que aumentaria para R$ 50 mil o repasse mensal às filiadas. Até então, as federações recebiam R$ 30 mil por mês.

Além do aumento da mesada, Teixeira informou aos dirigentes que vai liberar neste mês R$ 100 mil para cada entidade, referentes à participação nos lucros da confederação no ano passado.

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