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Santos treina em gramado sintético, que crê ser o palco do futebol do futuro

ADRIANO WILKSON
DE SÃO PAULO

Em fevereiro, um pequeno robô teve um dia de Neymar e chamou todas as atenções durante um treino do Santos. A máquina inaugurou o primeiro campo de grama sintética do CT da base alvinegra.

O robô foi uma cobaia usada para medir os índices de absorção de impacto do gramado e os comparou com a média dos campos naturais.

Com joelhos e tornozelos como os de jogadores, ele simula suas ações para calcular a força e o desgaste que o piso causaria em um atleta.

O Santos aposta que o gramado artificial será o palco do futebol do futuro.

O clube quer fazer o mesmo com outro campo, no CT dos profissionais. Ontem, Neymar, Ganso e cia. treinaram no piso para se adaptar às condições que encontrarão em Chiclayo, no Peru, onde pegarão na quinta o Juan Aurich pela Libertadores.

Acharam o piso bom, sem grandes diferenças técnicas. Muricy Ramalho até cancelou o treino de hoje na grama sintética, crendo que não terá problema de adaptação.

"Com o novo modelo de arena, com pouco espaço para entrar sol, a tendência é que a grama artificial seja a tecnologia escolhida. Ficará mais difícil cuidar da natural", diz o diretor de patrimônio do Santos, Luiz Vella.

A grande vantagem da grama sintética é que sua manutenção custa menos, apesar de a instalação ser até três vezes mais cara. E ela pode ser usada com mais frequência. Uma desvantagem apontada é o risco maior de lesão.

"A preocupação sempre existe, não tem como minimizar o risco", diz o diretor de futebol Pedro Nunes. "Mas os jogadores vão se adaptando. Existem muitos estádios com grama sintética pelo mundo."

Sobre a grama de plástico, com borracha e areia para amortecer impactos, o jogo fica rápido e a bola quica diferente. Já os atletas tendem a se atirar menos, pois o piso arranha, traço apontado por quem vende a grama como um incentivo ao bom futebol.

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