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Estado de Havelange, 95, é grave

FUTEBOL
Após internação com infecção, cartola foi encaminhado para unidade coronariana

DO RIO

O quadro de saúde do presidente de honra da Fifa, João Havelange, 95, é grave. Ele está internado no hospital Samaritano (zona sul do Rio).

De acordo com boletim médico divulgado ontem pelo cardiologista João Mansur Filho, que o atende, ele foi internado no domingo à noite, com um quadro infeccioso considerado grave.

Depois de ser submetido a uma bateria de exames, Havelange acabou sendo levado para a Unidade Coronariana do hospital.

De acordo com Mansur Filho, o estado de saúde do presidente de honra da Fifa inspira cuidados.

Havelange está sendo tratado com antibióticos, administrados por via venosa.

À tarde, o presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e do comitê da Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, esteve por uma hora no hospital.

Conversou com familiares e amigos mais próximos, que acompanham Havelange, mas não pode visitá-lo por determinação médica.

Ele saiu pelos fundos do hospital, sem conversar com jornalistas que aguardavam informações sobre o estado de saúde do ex-dirigente.

Em maio de 2010, Havelange já havia sido internado no mesmo Samaritano, com uma infecção na face.

Em dezembro do ano passado, o dirigente pediu desligamento do COI (Comitê Olímpico Internacional) alegando motivos de saúde.

Em sua carta de renúncia, Havelange referiu-se a problemas de saúde que o impediam de viajar.

Atleta durante a juventude -foi nadador e jogador de polo aquático-, o presidente de honra da Fifa manteve, até há poucos anos, a rotina diária de acordar cedo e nadar cerca de mil metros na piscina do Country, tradicional clube em Ipanema, bairro da zona sul carioca onde mora.

O presidente de honra da Fifa comandou a CBD (Confederação Brasileira de Desportos, antecessora da CBF) entre 1956 e 1974, período em que a seleção brasileira conquistou seus três primeiros -de cinco- títulos mundiais (1958, 1962 e 1970).

Ao sair da CBD, Havelange assumiu a presidência da Fifa. O brasileiro permaneceu no cargo por 24 anos e saiu em 1998 para se tornar presidente de honra da entidade.

Após seu longo mandato na entidade máxima do futebol, Havelange deu lugar ao suíço Joseph Blatter, que acabou eleito com seu apoio.

O dirigente também teve papel-chave na chegada de Ricardo Teixeira à presidência da CBF, em 1989.

Na época, Teixeira era genro de João Havelange.

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