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Opinião

Que os craques participem do debate sobre o nosso futebol

JUCA KFOURI
COLUNISTA DA FOLHA

Nada mais legítimo do que um ex-atleta querer ser presidente da CBF.

E é preciso entender que quando Ronaldo diz que não quer se candidatar é porque não só acha que o momento é de manter o que aí está (no que discordamos) como porque quer se preparar melhor.

Ouvi dele mesmo que ainda se julga cru, embora tenha uma série de projetos.

Seja como for, a simples presença de alguém com sua história e carisma nos debates sobre o futuro de nosso futebol, agora livre do clã Teixeira Havelange, é um progresso.

Que ao debate se associem jogadores em atividade, como o zagueiro corintiano Paulo André já faz.

Que Rogério Ceni venha enriquecê-lo, assim como ex-craques como Raí (que falta faz Doutor Sócrates!) e seu parceiro Leonardo, certamente com ótimas contribuições a dar -este último com perfil e experiência suficientes para presidir tanto a CBF como uma liga.

Se o momento é de convocar a torcida (leia-se sociedade) para influir nos destinos de um esporte que a Constituição protege como patrimônio cultural do povo brasileiro, por que não ver com bons olhos a participação dos atletas que podem até motivar os clubes a substituir as federações?

Sim, há quem, como Ronaldo, ache que o momento é de conciliar com o pacífico José Maria Marin.

Gente que aposta em aumentar agora o espaço dos clubes na CBF para que influenciem no calendário e no formato das competições.

Cartolas que avaliam que não é hora nem de liga nem de ruptura, porque os direitos de TV já estão comprometidos até depois da Copa do Mundo, até 2015.

Que seria o ano de mudar.

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