Massa revive substituição na Malásia

Já virou quase uma tradição. Desde 2008, ano sim, ano não, Felipe Massa chega para o GP da Malásia tendo de desmentir rumores de que será substituído na Ferrari.

Desta vez, após uma estreia decepcionante do brasileiro, que se classificou em 16º e não completou o GP da Austrália, no domingo passado, a revista "Autosprint" foi às bancas na Itália sugerindo a dispensa de Massa. Para seu lugar, "indicou" o mexicano Sergio Perez, da Sauber, e o italiano Jarno Trulli, que se aposentou nesta temporada.

Bem-humorado, Massa, que tem contrato até o fim do ano, disse em Sepang não se preocupar com os rumores.

"Honestamente, não me importo com o que dizem. Claro que seria melhor que estivessem falando coisas boas, mas não é a primeira vez", disse ele, que ganhou um chassi novo para o GP da Malásia, cuja largada será às 5h (de Brasília) de domingo.

"Em 2008, nesta mesma época, estava praticamente fora da equipe e foi o ano que tive meu melhor campeonato. Só tenho que me preocupar em fazer meu trabalho da melhor maneira possível."

Naquela ocasião, a mesma "Autosprint" publicou que Massa perderia sua vaga para Sebastian Vettel -então na pequena Toro Rosso- depois de ter abandonado o GP australiano na semana anterior.

Em 2010, mesmo na vice-liderança do Mundial ao chegar na Malásia, ele foi "substituído" por Robert Kubica, da Renault, segundo a revista francesa "Autohebdo".

Quem saiu em defesa do piloto brasileiro ontem foi Michael Schumacher, seu amigo e ex-parceiro de Ferrari.

"Se olharmos o desempenho do Felipe na pré-temporada, é fácil perceber que o que aconteceu na Austrália foi, no mínimo, estranho e fora dos padrões", afirmou o alemão, hoje na Mercedes.

"Felipe é um piloto capaz, que já lutou pelo título. Não vejo motivos para que ele não possa recuperar sua forma. Certamente, a equipe está dando todo o suporte que ele precisa e tenho certeza de que o veremos nas primeiras posições outra vez", completou. "Substituto da vez", Perez, 22, que corre com motores Ferrari e faz parte do programa de desenvolvimento da equipe, foi político. "Só tivemos uma corrida. É cedo demais para especular qualquer coisa", disse o piloto mexicano. "Por enquanto, só tenho que focar a Sauber."