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Ministro vê atraso como 'cultura'

2014
Aldo Rebelo assegura que lentidão no andamento das obras não vai prejudicar a Copa

DE BRASÍLIA

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, atribuiu a "problemas civilizatórios" brasileiros os atrasos na organização da Copa do Mundo de 2014.

Em entrevista ao programa estatal "Bom Dia, Ministro", Aldo disse que até as reuniões ministeriais começam com atraso no Brasil. "Nós também temos os nossos problemas civilizatórios. Um deles é o do atraso. Isso é uma coisa da nossa cultura, mas tudo funciona", disse Aldo.

Para garantir que os atrasos não vão prejudicar a Copa, o ministro comparou o evento a desfiles de Carnaval.

"Se você comparecer a um galpão de uma escola de samba, você aposta que não vai ter desfile nenhum, mas, quando é no dia do desfile, a escola está lá, bonita, pontual, organizada", afirmou.

Aldo também minimizou os problemas enfrentados para organizar o Mundial.

"Um pequeno problema ou outro teremos, mas, no essencial, cumpriremos a tarefa de realizar a Copa do Mundo."

Na entrevista, o ministro repetiu a tese do governo em relação à Lei Geral da Copa. Segundo Rebelo, tirar da lei federal tanto a proibição como a liberação de bebida alcoólica nos estádios será suficiente para suspender as leis estaduais que proíbem expressamente o consumo.

"Essa é a nossa interpretação. Há quem interprete diferente. Só ficaremos sabendo depois que a lei for aprovada", disse o ministro.

Para liberar a bebida no estádio e, assim, cumprir o acordo com a Fifa, Aldo comparou a Copa a uma corrida de F-1. "O Brasil vai colocar um guarda de trânsito para multar os corredores por velocidade? Se é um evento internacional, as regras são internacionais", justificou.

VIRA-LATA

Ao minimizar os problemas da Copa, Aldo disse que há pessoas no Brasil com "complexo de vira-lata".

"Tem gente que nunca acreditou e nem acredita no Brasil. Mas essa é uma minoria que, de tanto pessimismo, não tem influência", afirmou.

"A Copa, perto do que já fez o Brasil, não é a obra nem mais complicada nem mais difícil", completou.

Sempre em tom ameno, o ministro afirmou que os sucessivos atrasos na aprovação da Lei Geral da Copa não retratam descontrole do governo em relação à base aliada no Congresso.

"Ninguém escapou de derrota até hoje, nem o governo militar. Isso é uma coisa previsível na relação entre as instituições. Então, o governo tem que negociar, encontrar um caminho, votar e resolver a questão dessa forma."

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