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No basquete universitário dos EUA, treinadores são badalados e milionários

Jeff Haynes/Reuters
Calipari é maquiado antes de entrevista em programa de TV
Calipari é maquiado antes de entrevista em programa de TV

DE SÃO PAULO

No esporte profissional dos EUA, treinadores são coadjuvantes dos atletas, tanto nos holofotes quanto na comparação dos salários.

Mas, no basquete universitário as estrelas -e os milionários- são os técnicos. Ontem, após a conclusão desta edição, aconteceria a decisão do campeonato entre universidades, em Nova Orleans.

Enquanto os jogadores são proibidos de receberem salários, os treinadores das universidades mais renomadas, em termos esportivos, chegam a receber três vezes mais do que seus pares na NBA, a liga profissional dos EUA.

O caso mais notório é o de Rick Pitino, de Louisville, que foi eliminados nas semifinais.

Sempre em quadra com ternos de grife e anéis nada discretos nos dedos, ele recebe US$ 7,5 milhões por ano, cerca de R$ 13,7 milhões.

Nenhum treinador da primeira divisão do futebol brasileiro chega a esse valor. Favorito a ser eleito o melhor técnico desta temporada da NBA, Tom Thibodeau, do Chicago, fatura pouco mais de US$ 2 milhões por ano.

As universidades americanas conseguem até fazer contratos longos, e com alta remuneração, para evitar a migração dos técnicos para o basquete profissional.

John Calipari, um dos finalistas da NCAA, a liga universitária, assinou em 2011 um contrato de oito temporadas com Kentucky que vai lhe render mais de US$ 5 milhões por ano -ontem, ele disputaria a final contra o Kansas.

Isso para evitar o assédio de times profissionais, como o New York Knicks.

Um detalhe importante: Calipari nunca conquistou o título principal da NCAA.

O prestígio dos treinadores das universidades é tão grande nos EUA que foi dada a um deles a missão, até agora com muito êxito, de tirar a seleção nacional do país do limbo.

Após fracassos em Olimpíadas e Mundiais, a federação americana contratou Mike Krzyzewski, que ganha US$ 4,2 milhões por ano na Universidade de Duke, para treinar o time nacional. Deu certo.

A seleção ganhou o ouro em Pequim-08, com todos os astros em quadra. No Mundial de 2010, mesmo sem LeBron James e Kobe Bryant, também faturou o título.

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