Texto Anterior
| Índice | Comunicar Erros
Edgard Alves Voo de Varginha Por enquanto, Jonathan é uma esperança para dar sequência à escola brasileira de salto triplo O Brasil já está confirmado no salto triplo na Olimpíada de Londres, especialidade na qual sempre brilhou e acumula seis medalhas nos Jogos. O mineiro Jonathan Henrique Silva garantiu sua vaga com um salto de 17,39 m. Essa foi a primeira vez que ele pulou acima dos 17 m, mostrando evolução espantosa, pois havia saído de 16,07 m em 2010 para 16,70 m em 2011. Para sonhar com uma boa performance olímpica, Jonathan precisa comprovar que o salto que emplacou na pista do Ibirapuera -segunda melhor marca do ano, aquém apenas do cubano Osviel Hernandez, com 17,49 m- não foi um acaso, mesmo tendo contado com um vento a favor de 1,8 m por segundo (o limite é 2 m). Essa chance ele terá nos GPs de atletismo de Uberlândia, São Paulo e Rio, em maio próximo. Embora não seja essencial a repetição da marca, ele deve mostrar evolução. Maurren Maggi, por exemplo, em condições idênticas de vento, fez 7,26 m no salto em distância em 1999, em Bogotá, cidade 2.600 m acima do nível do mar (o ar rarefeito da altitude ajuda nos saltos horizontais), e nunca mais conseguiu a marca. Apesar disso, a brasileira arrebatou o ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, com apenas 7,04 m. O desenvolvimento de Jonathan ainda tem reservas a serem exploradas nesta fase da carreira no triplo. De família humilde, primeiro ele ficou fascinado pelo futebol, mas acabou encaminhado para o atletismo em programa da Prefeitura de Varginha, no sul mineiro. A cidade ganhou projeção tempos atrás com notícias sobre ETs e suposto aparecimento de objetos voadores não identificados naquela região. Jonathan (84 kg, 1,88 m e 21 anos em 21 de julho próximo) passou pelo salto em altura, pela corrida com barreiras e chegou ao triplo quando, em 2008, indicado pelo técnico varginhense Clóvis Milieu, veio para o Centro de Excelência Esportiva em São Paulo, onde mora e treina. Desde 2010, no entanto, seu último ano de juvenil, o triplo é sua melhor prova. O casal Moura, Nélio e Tânia, especializado em saltos, responde junto pelo treinamento de vários atletas, com Tânia cuidando principalmente de Jonathan, e Nélio, da campeã olímpica Maurren Maggi. A técnica também costuma acompanhar Maurren nas viagens. Por enquanto, Jonathan é apenas uma esperança para dar sequência à escola brasileira de salto triplo. Esperança também de que voe alto e longe nos saltos na Olimpíada de Londres, como os ETs e objetos não identificados de Varginha. Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |