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Turbinados, Rio e Osasco se reveem

VÔLEI
Com estrelas que faturam até R$ 800 mil por ano, equipes decidem a Superliga feminina pela 8ª vez

MARIANA BASTOS
ENVIADA ESPECIAL AO RIO

A história se repete há oito anos. Apenas o cenário se modifica. Hoje, às 10h, Osasco e Rio disputam novamente a final da Superliga feminina. Desta vez, o palco será o Maracanãzinho, no Rio.

Com patrocinadores fortes e persistentes, as duas equipes se perpetuam como hegemônicas no cenário do vôlei feminino no país.

"É muito difícil um time chegar sem um bom investimento, sem um patrocinador forte e que dê toda a retaguarda e confiança à equipe", reconhece Benedito Crispi, dirigente do Osasco.

Assim como nas temporadas anteriores, as equipes contam com a maior parte das estrelas da seleção. Ainda tiveram à disposição uma das melhores jogadoras estrangeiras da atualidade e uma veterana levantadora.

Atual campeão, o Rio ganhou um segundo patrocinador nessa temporada e conseguiu reunir no elenco Sheilla, Mari, Fabi e Juciely, todas do time nacional, além de Fernanda Venturini, que se despede novamente do vôlei hoje. Ainda conta com Natália, que está lesionada.

Já o Osasco, que já tinha Thaisa, Jaqueline, Camila Brait e Adenízia, reforçou-se com Fabíola, Tandara e com a americana Destinee Hooker, eleita a melhor jogadora do Grand Prix do ano passado.

Elencos que só são possíveis graças ao orçamento turbinado. A Folha apurou que atletas top da seleção ganham entre R$ 500 mil e R$ 800 mil por temporada.

Nenhum dos dois times revela exatamente quanto investe por ano, mas o valor chega a ser o dobro do que dispõem clubes de menor porte, como Mackenzie e São Bernardo, que, com jovens jogadoras, avançaram às quartas de final do torneio.

"Ao contrário da Superliga masculina, na feminina a chance de zebra é menor. Entre os homens, um jovem consegue se nivelar com um mais experiente,", diz Harry Bollmann, supervisor do Rio.

Também abastados, Vôlei Futuro e Sesi tentaram fazer frente ao favoritismo histórico de Osasco e Rio. Com menos estrelas, não tiveram fôlego para avançar até a final.

Criado em 2005 para evitar o desnível técnico entre as equipes, o ranqueamento da confederação pouco tem beneficiado os times pequenos. Cada atleta ganha uma pontuação, e os times não podem estourar o limite de pontos.

"O ranqueamento evita o que houve no passado, quando o Leite Moça concentrava quase todas da seleção. Mas não impede que quem investe mais tenha um time mais forte. Até porque a grande jogadora quer brigar pelo título", afirma Bollmann

NA TV
Rio x Osasco
10h Globo, Sportv e Esporte Interativo

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