GP do Bahrein é 'decisão calculada', diz dirigente

Pilotos e equipes da F-1 começaram a desembarcar ontem no aeroporto de Manama, capital do Bahrein, para a próxima etapa do Mundial.

E, apesar do temor gerado pelos protestos contra o governo que ocorrem desde o começo do ano passado, não houve relato de violência.

Dentre os que já chegaram ao país para a corrida, que só foi confirmada pela FIA na sexta, estão Bruno Senna, Pastor Maldonado, Sergio Perez, Sebastien Buemi e Jerome D'Ambrosio. A maioria deve chegar somente amanhã.

Presidente do circuito bareinita, Zayed Alzayani disse que a manutenção da prova foi uma "decisão calculada".

"Não acredito que nada drástico irá acontecer. Não estamos falando da Síria ou do Afeganistão", declarou.

"Não vejo motivo para que alguém queira atacar a imprensa ou os membros das equipes", completou.

Mas, apesar da tranquilidade relatada pelos que já estão no Bahrein, ontem alguns sites publicaram imagem de protestantes queimando o principal cartaz que anuncia a corrida no país, colocado em uma das maiores estradas que levam à pista em Sakhir.

Na semana retrasada, sete policiais ficaram feridos depois da explosão de uma bomba caseira. E um garoto estaria em estado grave após ter sido atingido, na semana passada, por um tiro durante o funeral de um ativista.

Para Alzayani, coisas semelhantes poderiam acontecer em qualquer outro país.

"Não sei por que aqui as pessoas acham que é diferente. Vocês acreditam que não há risco de acontecer nada durante a Olimpíada de Londres? Há idiotas por todos os lugares e isso não significa que devemos nos trancar e cancelar todos os eventos."

No ano passado, o circuito não recebeu a prova de abertura da F-1 por causa dos protestos violentos que haviam começado recentemente.

Neste final de semana, enquanto a F-1 ainda estava em Xangai para a disputa do GP da China, no país do Oriente Médio foi realizado o Bahrein Invitational, torneio de golfe que teve a participação de atletas consagrados, como Paul Casey, Colin Montgomerie e Thomas Bjorn. Nenhum incidente foi registrado.

Com as agências de notícias