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Polêmicas apimentam jogo decisivo

VÔLEI
Homofobia e suposto vandalismo acirram rivalidade entre Vôlei Futuro e Cruzeiro

ÉDER FANTONI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
MARIANA BASTOS
DE SÃO PAULO

Araçatuba (SP) e Belo Horizonte (MG) estão separadas por longos 855 km. Mas, curiosamente, uma das maiores rivalidades formadas recentemente no vôlei ocorre entre as equipes abrigadas pelas duas cidades.

Vôlei Futuro e Cruzeiro entrarão em quadra hoje, às 10h, em busca do título inédito na Superliga masculina.

"Vôlei Futuro x Cruzeiro virou um duelo de rivalidade. E [a final] é jogo de vida ou morte. Esse confronto se tornou uma das maiores rivalidades desde as semifinais do ano passado. Mas acho que isso só faz crescer o espetáculo", disse o central Michael, do Vôlei Futuro.

O jogador foi protagonista do episódio que originou essa rivalidade. No ano passado, numa semifinal entre as equipes, Michael foi vítima de homofobia por parte da torcida do Cruzeiro.

O episódio rendeu uma multa de R$ 50 mil ao time mineiro e uma guerra nos bastidores, com trocas de hostilidades entre dirigentes.

Neste ano, a situação parecia ter se apaziguado quando jogadores do Vôlei Futuro usaram uniformes pretos em solidariedade ao oposto do Cruzeiro, Wallace, que foi vítima de racismo.

Mas uma nova denúncia acirrou os ânimos. A Prefeitura de Contagem, cidade que abriga jogos do Cruzeiro, acusou os atletas do Vôlei Futuro de terem depredado o vestiário do ginásio local.

O vandalismo teria ocorrido antes do segundo duelo entre as duas equipes na primeira fase. O Cruzeiro venceu os dois confrontos.

O caso foi parar no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, que abriu inquérito.

"Uma equipe faz acusações contra a outra. Uma [o Cruzeiro] diz que o vandalismo partiu da torcida e dos jogadores da outra. A outra [o Vôlei Futuro] diz que o ginásio já estava em más condições", explica Renata Mansur, auditora do tribunal.

Os primeiros depoimentos seriam concedidos anteontem, mas, devido à proximidade da final, foram adiados para o dia 2 de maio.

Enquanto a situação não se resolve nos bastidores, alguns jogadores adotam discurso apaziguador.

"Deixa isso [rivalidade] para fora de quadra. Sempre tem alguém querendo colocar uma pimentinha", diz o levantador William Arjona, do Cruzeiro. "A gente sabe que o Lorena [oposto do Vôlei Futuro] gosta de provocar, mas tomara que não haja nenhum tipo de problema e que ganhe o espetáculo."

NA TV
Cruzeiro x Vôlei Futuro
10h Globo, Esporte Interativo e Sportv

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