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Corrida se torna oásis no Bahrein
F-1 ENVIADA ESPECIAL A SAKHIR Nunca o autódromo do Bahrein, localizado no meio do deserto de Sakhir, pareceu-se tanto com um oásis como nestes dias que antecedem a quarta etapa do Mundial de F-1, amanhã. Milhares de torcedores com bandeiras do país nas mãos, música alta, palhaços e a beleza dos carros na pista contrastam com as cenas de violência presenciadas por membros de alguns times. Aos poucos, mesmo sem querer misturar esporte e política, como foi o "discurso oficial", a bolha criada pela F-1 vai sendo destruída. Ontem, por exemplo, a Force India abriu mão de participar da segunda sessão de treinos livres para que seus integrantes voltassem ainda durante o dia para o hotel. Na quarta-feira, um carro com um grupo de mecânicos foi atingido por um coquetel molotov depois de deixar o circuito e, mesmo não tendo ocorrido nada com o grupo, duas pessoas do time pediram para retornar à Europa. "Decidimos mudar o planejamento para assegurar o bem estar de todos", disse Bob Fenley, chefe da Force India, que confirmou que não boicotará a corrida amanhã, nem o treino classificatório, hoje, às 8h (de Brasília). Membros da Sauber encontraram manifestantes mascarados provocando incêndios quando voltavam para a capital Manama, a cerca de 40 quilômetros de Sakhir. A sensação de que a F-1 está vivendo num ambiente à parte foi fortalecida ontem com o aumento da segurança na chegada ao circuito. Carros militares e guardas armados estavam espalhados nas entradas do autódromo. Um esquema rígido de revista também foi implantado tanto na chegada dos carros quanto na dos pedestres, com detectores de metal e revistas a todas as malas a bolsas. Ontem, protestos foram registrados em vilas distantes do circuito durante os treinos. Bernie Ecclestone, um dos grandes defensores da realização da prova mesmo com o clima instável e que forçou o cancelamento da corrida de 2011, afirmou ontem que nada tem a ver com a situação. "Não posso cancelar esta corrida. Não tem nada a ver com a gente. Temos um acordo", afirmou o detentor dos direitos comerciais da F-1. Chefes das equipes foram bombardeados com perguntas sobre o fato de a categoria estar sendo usada como arma do governo, que deu à prova deste ano o slogan "UniF1cados. Uma nação em festa", em tradução livre. "Parece que estamos querendo achar uma coisa que não existe", disse Stefano Domenicali, da Ferrari.
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