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Juca Kfouri

Apenas o futebol

Em que outro esporte, mesmo jogando melhor, o melhor time, apesar disso, perde para o pior?

TERÁ O BRAGANTINO surpreendido o São Paulo? Não acredito.

Mas também não acreditava que o Chelsea batesse no Barcelona. É claro, antes que você diga, digo eu: o Bragantino não é o Chelsea, assim como o São Paulo hoje não é nenhum Barcelona.

Mas a possibilidade que só o futebol permite, de o pior vencer o melhor, mesmo em dias em que o melhor joga melhor que o pior, é o que dá graça a este domingo paulista, que tem o Santos e o Corinthians como favoritos destacados, na Vila Belmiro e no Pacaembu, contra o Mogi Mirim e a Ponte Preta.

Sim, no embate alviverde no Brinco de Ouro não dá para apontar o Palmeiras como favorito.

Como dava para dizer que o Inter passaria pelo Juan Aurich em vez de amargar o vexame de uma derrota indesculpável. Ou era obrigatório supor que o Fluminense não sofreria o que sofreu contra o Arsenal Sarandi, quase outra vergonha. Só mesmo o Santos e o Corinthians não tomaram sustos na última rodada da Libertadores, embora o Santos tenha parecido o Corinthians contra o Strongest, e o Corinthians tenha lembrado o Santos contra o Deportivo Táchira.

Mas a Libertadores de verdade começa agora, nas oitavas de final, nas quais o Corinthians tem a tarefa menos complicada contra o Emelec. Porque o Santos será novamente torturado pela altitude da La Paz do Bolívar, o Vasco enfrentará o sempre indigesto, porque argentino, Lanús e Fluminense x Inter tirará um brasileiro das quartas.

As próximas semanas se afiguram animadas, mas nada como esta próxima com a decisão de quem fará a final da Liga dos Campeões. Tanto o Real Madrid quanto o Barcelona permanecem favoritos por jogar em suas casas. E se o Bayern de Munique é melhor que o Chelsea, o time inglês deu tamanha sorte em Londres que sabe-se lá o estado de ânimo dos catalães para a revanche.

Só não me digam que o Barça foi neutralizado em Stamford Bridge. Porque um time que chuta duas bolas na trave, obriga o goleiro adversário a fazer pelo menos três ótimas defesas (é claro, ele é pago para isso!) e domina completamente o jogo, tenha sido neutralizado. Por mais que, de fato, tenhamos visto uma rara ansiedade em Messi e companhia, até com alguns chutões e chuveirinhos na área, expedientes que não fazem parte do procedimento normal do melhor time do mundo.

O resumo disso tudo é o que vale: o futebol está em alta, na moda, como quase sempre.

blogdojuca@uol.com.br

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