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Adaptação

Barrichello larga em 13º na etapa de SP da Indy e tem poucas chances de chegar ao pódio, segundo seus rivais

Fabio Braga/Folhapress
Barrichello dá carona para Felipe Massa no Anhembi
Barrichello dá carona para Felipe Massa no Anhembi

DANIEL BRITO
SANDRO MACEDO
TATIANA CUNHA
DE SÃO PAULO

Rubens Barrichello, 39, tem um longo caminho até chegar ao alto do pódio da Indy, cuja quarta etapa acontece hoje, a partir das 12h30, no circuito de rua de São Paulo.

A opinião é dos pilotos adversários do brasileiro na categoria, que é disputada na capital paulista pela terceira temporada consecutiva.

Recém-egresso da F-1 depois de 19 anos de carreira na categoria, Barrichello participou das três primeiras corridas de 2012 e teve muitas dificuldades. Seu melhor resultado foi uma oitava colocação na etapa de Birmingham, no Alabama, no dia 1º de abril.

Ontem, sofreu para acertar o carro. Largará no 13º posto. Será o segundo melhor brasileiro no grid, atrás de Tony Kanaan (12º). Hélio Castro Neves sairá da 20ª posição. Bia Figueiredo, da 21ª.

"Aprendi a pista hoje [ontem] de manhã, mas não estou completamente confortável. Meu companheiro de equipe [Kanaan] está largando perto de mim, isso mostra que o carro é limitado", disse Barrichello, após o treino.

"Rubens não conhece os circuitos como na F-1", disse Jimmy Vasser, ex-campeão da Indy e um dos donos da KV Racing, sua equipe. "Ele meio que tenta adivinhar os percursos." As diferenças entre os carros das duas categorias também são sentidas.

"Deve estar sendo um choque para Rubens, porque o carro e as pistas são diferentes", disse o francês Sebastien Bourdais, que fez carreira nos EUA, mas disputou pouco mais de uma temporada na F-1 pela Toro Rosso, até regressar à América, na Indy.

"É preciso tempo até se sentir à vontade. Vamos dar um crédito", completou.

Barrichello queixou-se, por exemplo, do peso do carro. Na Indy, precisa manobrar cerca de 700 kg, muito mais que os 590 kg de um F-1.

Piloto da Minardi em 2003, o inglês Justin Wilson está na categoria americana desde 2008 e acredita que as dificuldades que o brasileiro encontra comprovam a competitividade da Indy. "Rubens é um bom piloto e sabe o que faz, mas a transição não é fácil. Não ficarei surpreso se ele demorar a aprender", disse ele.

Fora do aspecto esportivo, a presença de Barrichello traz prestígio à Indy, cujo mercado prioritário são os EUA.

"O que traz, vindo da F-1, é enorme. Seu número de seguidores no Twitter é inacreditável (1,5 milhão). Tem a habilidade de expor a muita gente nova nossa marca, é carismático, empolgado", disse Greg Gruning, vice-presidente da Indy.

Atual tricampeão, o escocês Dario Franchitti disse competir com o brasileiro desde os 14 anos -apesar de ser quatro anos mais jovem- e se mostrou empolgado pela presença do ex-ferrarista. "Havia um tempo não chegava um grande piloto assim."

Há no entanto ao menos um colega de grid que trata com indiferença a chegada de Barrichello: Takuma Sato. "Qualquer piloto competitivo que vier será bom. Rubens tem história, mas é mais um da F-1 na Indy", disse Sato, que em 2006 perdeu o posto na BAR para o brasileiro e foi para a nanica Super Aguri.

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