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Juca Kfouri Ataque x Defesa O ataque santista é sua melhor defesa; a defesa corintiana é o seu melhor ataque. No Morumbi? TITE ANDOU bravo porque compararam o Corinthians ao Chelsea. Não precisava. A comparação só não cabe integralmente como ideia porque um marca na frente, na pressão, e o outro mais atrás, como se jogasse handebol. Mas negar que o forte do Corinthians é a defesa é como negar a existência do sol -e dizer que o time é ofensivo é quase uma ofensa mesmo. O time é, isso sim, agressivo, coisa diferente, o que o fez vitorioso e até conquistar as graças da Fiel, maior desafio vencido pelo técnico. Para efeito de comparações, das ideias, dos conceitos, se você tivesse que dizer quem é o Barcelona e quem é o Chelsea nesta semifinal brasileira da Libertadores, quem seria quem? Ora, é claro que o Santos, embora não seja, seria o time catalão, o melhor do mundo. E o Corinthians, também não sendo, seria o londrino, o campeão europeu. Aos cientificistas, aos que curtem mais os números que os dramas que a bola traz, bastará dizer que o Timão teve a defesa menos vazada tanto no Brasileirão passado (36 gols em 38 jogos) como no Paulistinha (11 gols em 19 jogos) e na Libertadores (2 gols em 10 jogos). Basta? Já seu ataque foi apenas o oitavo no Campeonato Nacional, o décimo no Estadual e é o quarto no continental. Precisa mais? Negar tais evidências diminui e não aumenta a proeza de Tite, que, com um time médio, está onde está, outra vez protagonista. Seria como se Muricy Ramalho negasse que o seu Santos faz gols e tem o melhor ataque da Libertadores porque também se defende. Time que joga de um maneira que tem sido a marca registrada do técnico, organizado primeiramente atrás para depois pensar na frente ("alicerces, depois o telhado"), coisa que faz sem maiores dificuldades por ter os talentos ofensivos que faltam ao rival. ONDE JOGAR? Resta saber os locais dos jogos. O Corinthians, é claro, não abdicará do Pacaembu, onde está 100% e não sofreu nem sequer um gol. O Santos, assim, tende a escolher a Vila Belmiro. O que parece um erro, não só porque quem a frequenta não faz dela o caldeirão que deveria, ao contrário, até reclama como reclamou na quinta- -feira, como porque o Morumbi, lotado por santistas, exercerá pressão maior, além de dar mais oxigênio à arte santista, mesmo tão prejudicada pela ausência de Paulo Henrique Ganso. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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