Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Bem diferente Ainda aprendendo, Barrichello larga no meio do grid para disputar sua primeira corrida em um circuito oval nas 500 Milhas de Indianápolis MILTON PAZZI JR.COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Rubens Barrichello, 40 anos recém completados, recordista de GPs na F-1, hoje é apenas mais um e vai conhecer o que é a Indy de verdade. Isso é motivo de apreensão e expectativa. Ele larga em décimo nas 500 Milhas de Indianápolis, às 13h, sua estreia em oval. Vai encarar situações particulares desta pista, especialmente a combinação de velocidade, estratégia e tráfego. Segurança é assunto de destaque desta prova: é a primeira vez do chassi adotado em 2012 em um oval. Este chassi já sofreu alteração na semana que passou (três hastes foram retiradas) para evitar que o carro virasse em batidas no muro, como aconteceu três vezes nos treinos. É ainda o retorno a um oval desde a morte do inglês e campeão da prova de 2011, Dan Wheldon, no grave acidente em Las Vegas, em outubro do ano passado. A família também aparece, com os pilotos. A mulher de Wheldon, Susie, é símbolo das homenagens, tendo recebido o anel de campeão dele. E a tensão deve dominar Silvana, Fernando e Eduardo, mulher e filhos de Barrichello. Todos acompanharão a prova rezando por vitória do brasileiro e, claro, que nada de ruim aconteça com ele. O calor esperado para a corrida -cerca de 35º C, sem chuva- deve aumentar a velocidade de pista (mais de 300 km/h) e a chance de acidentes nas 200 voltas previstas. O tráfego, ou seja, andar com outros carros do lado, é apontado como tema de aprendizado. São oito estreantes entre os 33 que largam. "Aqui, é muito comum todos ficarem muito juntos, então, para mim era importante experimentar tudo isso o máximo possível. Se eu ainda estava aprendendo no meu 19º ano de F-1, imagina o que eu estou aprendendo aqui agora", comentou o recordista de 326 GPs de F-1. Justamente pela falta de experiência, a chance de vitória de Barrichello é pequena. O pole é o australiano Ryan Briscoe (Penske) que ficou só 0,0003 milha por hora, na média, à frente do segundo colocado, o canadense James Hinchcliffe, da Andretti. JR Hildebrand (Panther), vice em 2011 após bater na última curva, é só o 18º. Eles e mais outro australiano da Penske, Will Power, vencedor em São Paulo e líder do Mundial, que sai em quinto, terão o incômodo do neozelandês Scott Dixon e do atual campeão da Indy, o escocês Dario Franchitti. O melhor brasileiro classificado é Hélio Castro Neves, tricampeão da prova, que sai em sexto lugar, e também favorito a ganhar. Tony Kanaan, companheiro de Barrichello na KV, é o oitavo. Ele tenta sua primeira vitória nesta prova, apesar de já ser campeão da Indy. Bia Figueiredo (Andretti) -que deve disputar sua última prova no ano- fecha o grupo de brasileiros, em 13º. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |