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Futebol americano Em estádio lotado, Brasil enfrenta os EUA, país onde o esporte jogado com os pés já se tornou popular e cuja liga chama mais público do que o Brasileiro MARTÍN FERNANDEZENVIADO ESPECIAL A WASHINGTON As seleções de Brasil e Estados Unidos se enfrentam hoje na capital americana às 21h07 (de Brasília), em mais um teste para o time olímpico do técnico Mano Menezes. Se dentro do campo superar o futebol brasileiro parece tarefa complicada para os americanos, nas arquibancadas eles já conseguiram. E faz tempo. Há duas temporadas, a Major League Soccer (MLS) já leva mais torcedores ao estádio do que o Campeonato Brasileiro. Em 2011, foram 17.870 pagantes em média nos estádios da primeira divisão americana. No Brasil, a média no ano passado foi de 14.976. Na temporada atual, a média da MLS já beira os 19 mil. E o futebol nos EUA enfrenta uma concorrência inimaginável no Brasil, onde há quase uma monocultura esportiva. A liga americana disputa fãs com os campeonatos nacionais de futebol americano, basquete, beisebol e hóquei, infinitamente mais cristalizados na cultura dos EUA. A média de público do "soccer" é a terceira entre as ligas -ultrapassou a NBA (basquete) e NHL (hóquei) e perde apenas para o futebol americano e para o beisebol. Pesquisa recente da ESPN mostra que o futebol é o segundo esporte preferido entre os americanos entre 12 e 24 anos -ainda perde de longe para o futebol da bola oval. Mas o técnico Jürgen Klinsmann disse que o nível de pressão que sofre nos EUA é muito menor do que lhe era imposto na Alemanha. "Quando você está num país movido a futebol, como o Brasil, a Argentina ou a Alemanha, tudo é diferente", explicou o treinador, no atual cargo há quase um ano. Os 71 mil ingressos para o jogo de hoje à noite estavam bem próximos de esgotar ontem. Será o recorde de presença de público numa partida da seleção americana. A MLS comemorou quando David Beckham se recusou a ganhar R$ 2 milhões por mês do Paris Saint-Germain para ficar no Los Angeles Galaxy -onde é o segundo mais bem pago do mundo, segundo um levantamento da revista "France Football". Mais ou menos como Neymar, que descartou ofertas de Real Madrid e Barcelona. No Santos, fatura mais que qualquer colega ou rival. Apesar de atrair tanta gente aos estádios, a MLS ainda remunera mal seus atletas, em comparação com o Brasil e as principais ligas. Segundo o sindicato dos jogadores, a média de salário anual é de 84 mil dólares (cerca de R$ 165 mil). Por isso, os melhores vão jogar na Europa e no México. Dos 23 convocados para enfrentar o Brasil, só sete jogam nos EUA.
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