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Santos decide mandar seu jogo na Vila

LIBERTADORES
Estádio deixará boa parte dos torcedores fora do clássico

ADRIANO WILKSON
DE SÃO PAULO

O Santos escolheu a Vila Belmiro para ser o palco do primeiro jogo da semifinal da Libertadores contra o Corinthians no dia 13 de junho.

O estádio da Baixada venceu a concorrência do Morumbi e do Pacaembu, que receberá a partida da volta, de mando do Corinthians.

"A decisão foi por razões técnicas", disse o presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro. "Se eu fosse atleta do Corinthians, gostaria menos de jogar na Vila, onde meu adversário se sente à vontade."

A escolha também vai provocar inflação nos preços. Para o torcedor comum, acessar a arquibancada custará R$ 120. O ingresso para o último jogo custava R$ 90. A diretoria quer começar as vendas pela internet na segunda.

A Vila Belmiro é a preferida dos jogadores e da comissão técnica santista. Mas, por receber no máximo 16 mil torcedores, tem a aversão dos quase 50 mil sócios do clube que pagam mensalidade e não podem assistir a jogos decisivos por falta de espaço.

"Os sócios vão ter que conviver com esse desconforto, que é histórico", afirmou Luis Alvaro. O cartola fala de "sacrifício pessoal" e diz que o torcedor entende escolhas que o afastam do estádio.

"O que você prefere, ver um jogo confortavelmente e o Santos perder, ou não ir ao jogo e ver o Santos vencer?"

No Morumbi, seria possível receber perto de 60 mil torcedores. O estádio são-paulino era a preferência do vice-presidente do clube, Odílio Rodrigues Filho.

Seu desejo era levar os dois jogos da semifinal ao estádio tricolor, com renda e público divididos igualmente entre Corinthians e Santos.

Antes da decisão pela Vila ser anunciada, a diretoria cogitou manter o mistério até o dia 6 de junho, prazo legal para o local da partida ser comunicado à Conmebol, a confederação sul-americana.

A ideia era tentar dificultar o trabalho do treinador rival. "Se eu fosse o Tite, adoraria saber o local do jogo o quanto antes. Assim daria tempo de mudar o esquema de jogo", disse Luis Alvaro.

Os cartolas esperam que mudanças no sistema de comercialização minimizem o tumulto que se viu antes do último jogo na Libertadores.

O presidente admite as falhas e concorda com a indignação dos sócios. "O Santos lamenta e compreende a revolta e a irritação do sócio", disse. "[Escolher] A Vila não é mesmo a melhor solução do ponto de vista do sócio."

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