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Juca Kfouri

Calma, Marin!

A derrota para o México não deve ser vista como grave. Apenas como lição para os meninos

NESTE SÉCULO, em 11 jogos, foi a sétima vitória mexicana contra os brasileiros, que ganharam apenas três vezes.

Os meninos de Mano não encontraram as mesmas facilidades dos dois bons jogos anteriores, não exploraram as laterais do gramado em Dallas e acabaram por insistir na bola aérea.

Neymar, marcado como contra o Vélez Sársfield, pouco fez e apesar da extrema dedicação de Hulk, de duas ou três jogadas de mais brilho de Oscar, não deu mesmo.

Os mexicanos marcaram com eficácia, se aproveitaram da insistência em jogar pelo meio da seleção brasileira e ainda foram extremamente felizes ao abrir o placar em lindo gol feito aparentemente sem querer do talentoso Giovani dos Santos e ao se beneficiar de um pênalti infantil de Juan.

Faz parte.

Nada que deva desanimar, apesar do risco que o próximo jogo, contra a Argentina, no sábado, representa pelos motivos que nem precisa explicar.

O pior é que, como os mexicanos, os argentinos estão prontos, até em regime de disputa das eliminatórias.

Como se sabe que José Maria Marin adoraria ter justificativas para jogar com a galera e mexer no comando da seleção, e apesar do tempo já desperdiçado pela insegurança do treinador, não é hora de fazer nada, a não ser dar força ao que aparece como uma luz no fim do túnel.

Ficou claro que os mexicanos sabiam bem contra quem jogariam e com o calor de sua torcida a respaldá-los obtiveram uma vitória indiscutível, porque nem mesmo o pênalti reclamado pelos brasileiros aconteceu.

A nota auspiciosa foi a temperatura ambiente no estádio, mesmo a céu aberto, de 24 graus, 11 a menos da de Dallas na hora da partida, fruto de um moderno sistema de refrigeração que faz bem aos jogadores, aos torcedores e, sobretudo, ao espetáculo.

DOMESTICADO

É natural que a Fifa esteja insegura com as mudanças havidas no COL como fruto da fuga de Ricardo Teixeira. Mas Ricardo Trade, o diretor de Operações do comitê, é otimista, e tranquilizador, ao informar o principal homem da Fifa no Brasil, Fúlvio Danilas. Que até já informou o secretário geral, Jérôme Valcke, sobre a opinião de Trade a respeito de Marin: "Ele precisa de algum treinamento, mas pode ser 'tamed' [domesticado, amansado, domado, em inglês], sem problemas".

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