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Juca Kfouri

Uma derrota de ouro

Os meninos de Mano Menezes jogaram como gente grande contra o gigante Messi & cia.

NO CLIMA desta Eurocopa, que começou tão bem com quatro bons jogos em belíssimos gramados, a seleção olímpica do Brasil disputou brilhantemente um clássico do mesmo quilate contra o time principal da Argentina, sob o comando do melhor do mundo, o genial Lionel Messi, que quase "só" fez três gols em 90 minutos.

Mesmo sem o comando do já experiente zagueiro Thiago Silva, a meninada de Mano Menezes mostrou que o caminho para Londres está correto e que tem tudo para culminar com a medalha de ouro na Olimpíada.

Porque o time mostrou outra vez ter qualidades indiscutíveis e também porque Lionel Messi não estará no Reino Unido, assim como não estarão seus companheiros bicampeões olímpicos.

Nas inevitáveis comparações entre Pelé e Messi, vale lembrar que o Rei marcou três vezes no clássico entre as duas seleções, em 1963, numa vitória por 4 a 1, no Maracanã, pela Copa Roca, jogo que teve prorrogação para desempate e que terminou 5 a 2, mas entre os times principais.

Com um pouco mais de tranquilidade e com um pouco mais de boa vontade da arbitragem, a derrota por 4 a 3 seria, no mínimo, um empate, resultado justo para o que os dois times mostraram em Nova Jersey -e não será exagero dizer que, se uma seleção merecia a vitória, esta deveria sorrir para os meninos de Mano.

Claro, descontado o fato de que Lionel Messi joga de azul, e aí não tem justiça ou injustiça que dê jeito, porque ele é simplesmente fatal, diabólico, imparável, principalmente se quem tiver a missão estiver ainda meio que de fraldas, como os dois volantes e os dois zagueiros brasileiros.

Não é mentira dizer que o balanço dos quatro jogos foi positivo, apesar de duas derrotas.

Até mesmo porque a derrota de ontem foi muito mais digerível que a contra os mexicanos, o que revela que o time progrediu e que, com alguns ajustes, talvez Alexandre Pato no lugar de Leandro Damião, o rendimento possa ser ainda melhor, principalmente se Paulo Henrique Ganso voltar em forma para compor um meio de campo que não precisará abrir mão de Oscar.

A preocupação maior fica por conta de Marcelo, ótimo lateral, mas com a cabeça de Júnior Baiano, de Felipe Melo, de quem você aposta que mais cedo ou mais tarde aprontará e deixará o time na mão. Como ele já passou dos 23 anos, não há por que arriscar e talvez por isso José Mourinho prefira o português Fábio Coentrão.

blogdojuca@uol.com.br

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