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Juca Kfouri

Noite de surpresas

Não só o Corinthians derrotou o Santos como o Palmeiras quase liquidou com o Grêmio

DUAS SURPRESAS marcaram a noite de ontem.

Na Vila Belmiro o Corinthians começou o jogo como se estivesse no Pacaembu e de tanto jogar melhor e não ser ameaçado fez um golaço com Emerson para ver se acordava o Santos.

Muita gente acha que este é o embate mais importante da quase centenária história do clássico, embora se possa argumentar que um jogo, como o de 2002, que decidiu o Brasileirão, seja superior.

Basta responder se você prefere ser finalista da Libertadores ou campeão nacional.

O jogo era mesmo mais vital para o Corinthians que para o Santos e a atitude dos dois times revelou esse estado de espírito à exaustão.

É verdade que Cássio andou cometendo pelo menos um milagre, em chute de Juan, e que no segundo tempo o Santos foi mais aceso que no primeiro.

Mesmo depois que a Vila se apagou, algo lamentável e indesculpável num jogo desta importância.

Como é verdade que o Santos de 2012 está longe daquele do ano passado, antes de enfrentar o Barcelona.

Já o Corinthians de ontem foi exatamente o Corinthians do ano passado, solidário, maduro administrando o risco até mesmo quando ficou com dez, fruto da expulsão de Emerson.

O jogo da quarta-feira que vem pode mudar tudo, mas, agora, o favoritismo mudou de lado.

E Neymar mais uma vez mostrou que está longe de ser o Neymar não do ano passado, mas do começo do mês passado, a tal ponto que Ganso, sem ritmo de jogo, foi melhor que ele.

COPA DO BRASIL

O imortal era o Grêmio e quem ressuscitou foi o Palmeiras, que não deixou o time gaúcho jogar no primeiro tempo e lhe deu o que os habitantes dos pampas chamam de mata ratão no fim do segundo, enfiando-lhe dois gols, com Mazinho e Barcos, que devem significar uma vaga na final da Copa do Brasil, talvez contra o São Paulo, o que restabeleceria o moral do futebol paulista.

Felipão deu um nó em Luxemburgo ao encaixotar o Grêmio primeiro para fulminá-lo depois, num resultado que se poderia esperar, mas do lado gaúcho.

EUROCOPA

A pergunta quem faz é um amigo português: será que Cristiano Ronaldo, com a camisa da seleção de Portugal, joga de tamancos?

Outra é feita por um especialista em Holanda: será que um dia a Laranja ganhará?

Ontem fatiou-se em Gomez.

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